São Paulo, domingo, 24 de janeiro de 1999

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Concorrência "mata' pequenos

free-lance para a Folha

"Quando abrimos a videolocadora, há sete anos, o cliente tinha de pagar para se tornar sócio. Hoje, damos um aluguel gratuito."
A afirmação de Cláudio Tadeu, 32, administrador da Projeto Vídeo, em Moema (zona sudoeste), reflete as mudanças ocorridas no setor após a chegada das grandes redes de locação e a implantação de TVs pagas.
A febre das videolocadoras durou entre 93 e 95, impulsionada pelo aumento nas vendas de aparelhos de videocassete.
Nesse período, a distribuidora Vídeo & Cia., de São Paulo, chegava a abrir quase 50 lojas, anualmente, na cidade.
"Em 98, só inauguramos duas", conta o proprietário da distribuidora, Mário Boito, 36.
Para ele, a falta de profissionais especializados também deve ser levada em conta na hora de explicar a falência dessas empresas.
"Os proprietários investiam menos de R$ 5.000 no negócio. Eles não conseguiam competir."
Outra dificuldade para o setor está no preço pago pelas fitas. "Aqui, um lançamento custa R$ 80. Nos Estados Unidos, você o encontra por US$ 16."
Boito calcula que cada filme deve ser alugado 40 vezes para garantir o retorno do valor pago.

Projeto Vídeo: (011) 539-6396; Vídeo & Cia.: (011) 293-7734.



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