São Paulo, domingo, 24 de janeiro de 1999

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Saturação é maior empecilho

free-lance para a Folha

Para cada dois restaurantes de venda de comida por quilo inaugurados hoje na cidade de São Paulo, outros sete estabelecimentos fecham ou abandonam o ramo por conta da forte concorrência.
Mas, há oito anos, a pesquisa do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares registrava um cenário bem diferente: de dez restaurantes que abriam, apenas dois não obtinham êxito.
"Quando a moda pegou, muitas casas foram transformadas sem ter uma infra-estrutura adequada", diz Jarbas Bicalho, diretor do sindicato e um dos pioneiros desse tipo de estabelecimento.
Em 86, ele implantou o sistema no seu restaurante, The Green, no Ibirapuera (zona sudoeste).
Além de aprovada pelo consumidor, a idéia da comida por quilo é rentável também para o empresário. Nesses restaurantes, há uma redução de custos de cerca de 30%.
O dono do Terraço do Chopp, na Liberdade (centro), Antônio Vasconcelos, 52, é outro exemplo de quem adotou o modelo.
"Há quatro anos, havia dois concorrentes no bairro. Hoje a região está saturada."
Para quem está ou deseja entrar nesse ramo, Vasconcelos aconselha prestar atenção ao movimento do restaurante. "O freguês que chega às 14h precisa ser tão bem servido quanto o que veio às 12h."
O capital inicial estimado para um estabelecimento com 40 funcionários e 700 m2 de área de atendimento é de R$ 500 mil.
Casas com espaço inferior ao sugerido correm mais risco de fechar por falta de infra-estrutura.

Terraço do Chopp: (011) 3106-4342.



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