da Reportagem Local

Enquanto os donos de bancas torcem pela aprovação do projeto do vereador Antonio Goulart, outros setores criticam a mudança.
Para o presidente da Associação dos Bares e Restaurantes Diferenciados, Horst Tássilo Siebert, 56, a concorrência no comércio está cada vez mais selvagem e todos saem prejudicados.
"Um setor quer abocanhar produtos do outro: o supermercado vende pães e revistas; agora as bancas vendem doces. Onde vamos parar?"
Já o presidente do Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria de São Paulo, Frederico Maia, 58, lembra que a lei diz que as bancas são concessionárias de um espaço público, onde não é permitida nenhuma atividade comercial, além da venda de jornais e revistas.
"As padarias estão em espaços próprios e pagam impostos. As bancas não podem usar o espaço público para atividades comerciais."
Segundo o vereador e presidente da Comissão de Política Urbana da Câmara, Aurélio Nomura (PSDB), 45, as bancas de jornal não têm condições para abrigar produtos de alimentação.
"Seria necessário analisar caso a caso para saber se não faz muito calor em determinada banca para armazenar os alimentos", exemplifica. O vereador diz ainda que "se for para vender outros produtos, então é melhor montar uma loja."


Texto Anterior: Leis: Banca quer regularizar "alternativo"
Próximo Texto: "Alternativos" rendem 30% das vendas
Índice