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São Paulo, segunda-feira, 01 de dezembro de 2003

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FÊNIX

Culinária local mistura sabores de Portugal e de vizinhos asiáticos; transitar é complicado, não há ônibus entre cidades

Hospedagem cresce com ONU e ONGs

DO ENVIADO ESPECIAL A TIMOR LESTE

Graças à presença no país das Nações Unidas, de organizações não-governamentais e de técnicos estrangeiros em várias áreas, a capital de Timor Leste, Dili, passou a ter uma rede de hotéis e restaurantes maior mesmo que a do período indonésio.
Resta saber quantos vão continuar existindo no futuro próximo, algo que vai depender tanto da continuação do apoio internacional como do eventual desenvolvimento do turismo no país.
Timor Leste fica literalmente do outro lado do mundo para os brasileiros. A diferença horária costuma estar em 12 horas em relação ao horário de Brasília. Para chegar lá, há dois itinerários possíveis. Um deles é via Austrália e o outro, passando pela Indonésia.
Os vôos da empresa de aviação Air North Regional (www.airnorth.com.au), que tem seis aviões Brasilia, saem de Darwin, no norte da Austrália. O preço da passagem varia entre US$ 350 e US$ 450, dependendo da época e da antecedência da reserva. A empresa regional indonésia Merpati Airlines (www.merpati.co.id) opera vôos entre Denpassar, capital da ilha de Bali, e Dili.
O dólar norte-americano é a moeda oficial de Timor Leste. Até recentemente não havia muito uso de moedas, por isso "um dólar" é o preço comum para muita coisa. Qualquer corrida de táxi em Dili custa US$ 1, exceto para lugares mais distantes. O governo timorense está produzindo suas próprias moedas de centavos de dólar, para circulação exclusivamente local.

Hospedagem
O navio-hotel Central Maritime, de bandeira tailandesa, é um dos mais luxuosos do país. Se deixar de ter clientes, ele simplesmente levantará a âncora e partirá.
O Dili 2001 é um hotel simples e barato, com um bom ar-condicionado nos quartos. O Esplanada tem uma rara piscina e um bom restaurante.
Restaurantes portugueses frequentados por estrangeiros são o Sagres e o Vasco da Gama, por exemplo. A culinária local, influenciada tanto por Portugal como pelos vizinhos asiáticos, inclui muito porco, peixe, galinha, milho, mandioca e arroz.
O hotel Timor é o mais luxuoso, hospedando dignitários estrangeiros em visita ao país. O hotel Turismo, simples, tem fama por ter sido o quartel-general das tropas estrangeiras sob comando da Austrália que intervieram para restaurar a ordem em 1999.
Alguns hotéis do país já aceitam cartões de crédito.

Visto
O visto com duração de 30 dias é emitido no próprio Aeroporto de Comoro-Dili e custa US$ 25. O passaporte é carimbado na saída. Há uma taxa de partida de US$ 10.
A direção dos automóveis fica, como na Inglaterra, do lado direito. Os pedestres precisam tomar cuidado com os animais nas ruas, pois na capital há porcos, bodes e galinhas em profusão.
Não existem linhas de ônibus ou vôos comerciais entre as cidades timorenses nem há ferrovias no país. E as estradas estão em mau estado de conservação.
Embora sem telefones públicos, Dili tem vários cibercafés.
É fundamental o visitante tomar vacina contra febre amarela, uma exigência internacional que todo viajante deve ter no Terceiro Mundo, incluindo a Amazônia.
Também é necessário se vacinar contra uma doença asiática, a encefalite japonesa, e é recomendável vacina contra hepatites A e B, tifo, tétano e difteria. Antes de viajar, é preciso esperar uns dez dias para a vacina desenvolver efeito.
Há risco de dengue e malária, especialmente na estação chuvosa, que começa em novembro. É fundamental o uso de repelente contra mosquitos e redobrado cuidado nos horários de maior risco, o nascer e o pôr-do-sol.
(RICARDO BONALUME NETO)


Transporte aéreo - Airnorth: reservations@airnorth.com.au; Merpati: maxi(leo@merpati.co.id

Hotéis - Dilli 2001: dili2001hotel@yahoo.com; Timor: hoteltimor@foriente.minihub.org; Turismo: hotelturismo@hotmail.com; Central Maritime: cmhdili@yahoo.com

Embaixada do Brasil: 00/XX/670/332-1728; esctimor@office.net.au



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