São Paulo, quinta-feira, 02 de agosto de 2007

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BALANÇA, MAS NÃO CAI

Míkonos é vitrine do turismo do verão grego

Baladeira, toda azul e branca e porto de europeus endinheirados, ilha é uma das mais procuradas do país

DO ENVIADO ESPECIAL

Vista panoramicamente, Míkonos (www.mykonos.gr) parece uma gigante e fragmentada bandeira grega: às casas, igrejas, calçadas e moinhos brancos alternam-se janelas, varandas, corrimãos, fachadas, e suvenires azul-claros.
Existe até um estabelecimento que vende apenas artigos brancos. Cabe às buganvílias, às roupas coloridas de algumas lojas e a alguns domos cor de terra contrastar com o tom nacionalista da cidade.
Resistir aos ventos e aos piratas foi o que motivou as ruas a ser estreitas e dispostas em forma de labirinto. Assim é principalmente no centro da ilha, onde fica o porto.
À direita de quem desembarca na cidade está Kástro, que é a parte mais antiga mas tem um cartão-postal adolescente para os padrões gregos -a igreja de Paraportianí, construída entre os séculos 15 e 17.
Outra atração muito procurada por ali é o museu Folclórico (00/xx/30/22890-22700), mansão com um acervo de cerâmica, bordados e tecidos.
Também próxima do porto e imperdível é Pequena Veneza (Míkonos foi dominada pela cidade italiana, então uma república, de 1207 até o século 17). A área tem mesas de bares e restaurantes espalhadas em uma calçada que depois se transforma em calçadão e casas projetadas sobre o oceano como casas venezianas sobre os canais.
É em Pequena Veneza que muitos vêem a tarde sumir, lá pelas 21h, jantando e se aquecendo para as baladas do outro lado da ilha.
Baladas que acontecem já à tarde, na verdade, em Paradise, praia que dá a Míkonos ares da espanhola Ibiza -além da música eletrônica vespertina, europeus abonados e casas noturnas, tem clima liberal, com público gay e às vezes lésbico absolutamente à vontade.
Para chegar lá ou a Platys Gialos, praia mais familiar, é preciso pegar um ônibus ou alugar uma scooter -custa 15, R$ 38,50, e basta estar com a carteira de habilitação.
De volta ao centro, uma dica é o Antonini's, restaurante de 52 anos com comida típica grega. Os garçons, como se suportassem turistas desde os tempos de Péricles, sorriem sazonalmente, mas vale relevá-los porque pratos individuais como o cozido de vitela vêm em porções incontestáveis e saborosas com preço bem razoável, 12, o equivalente a R$ 31.

Delos
Ao turista que desce de navios e tem poucas horas em Míkonos cabe a difícil decisão de andar sem pressa pela cidade ou embarcar rumo à ilha de Delos (aonde se chega com barcos por 12,50 ida e volta, R$ 32, saídas até as 16h), opção que toma a maior parte de uma tarde.
Mas não à toa. Sítio arqueológico, Delos é desabitada. Entre os destaques estão as ruínas de um teatro com capacidade para 5.500 espectadores, construído há 23 séculos.
(THIAGO MOMM)


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