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BALANÇA, MAS NÃO CAI
Míkonos é vitrine do turismo do verão grego
Baladeira, toda azul e branca e porto de europeus endinheirados, ilha é uma das mais procuradas do país
DO ENVIADO ESPECIAL
Vista panoramicamente, Míkonos (www.mykonos.gr) parece uma gigante e fragmentada bandeira grega: às casas,
igrejas, calçadas e moinhos
brancos alternam-se janelas,
varandas, corrimãos, fachadas,
e suvenires azul-claros.
Existe até um estabelecimento que vende apenas artigos brancos. Cabe às buganvílias, às roupas coloridas de algumas lojas e a alguns domos
cor de terra contrastar com o
tom nacionalista da cidade.
Resistir aos ventos e aos piratas foi o que motivou as ruas
a ser estreitas e dispostas em
forma de labirinto. Assim é
principalmente no centro da
ilha, onde fica o porto.
À direita de quem desembarca na cidade está Kástro, que é
a parte mais antiga mas tem
um cartão-postal adolescente
para os padrões gregos -a igreja de Paraportianí, construída
entre os séculos 15 e 17.
Outra atração muito procurada por ali é o museu Folclórico (00/xx/30/22890-22700),
mansão com um acervo de cerâmica, bordados e tecidos.
Também próxima do porto e
imperdível é Pequena Veneza
(Míkonos foi dominada pela cidade italiana, então uma república, de 1207 até o século 17). A
área tem mesas de bares e restaurantes espalhadas em uma
calçada que depois se transforma em calçadão e casas projetadas sobre o oceano como casas venezianas sobre os canais.
É em Pequena Veneza que
muitos vêem a tarde sumir, lá
pelas 21h, jantando e se aquecendo para as baladas do outro
lado da ilha.
Baladas que acontecem já à
tarde, na verdade, em Paradise,
praia que dá a Míkonos ares da
espanhola Ibiza -além da música eletrônica vespertina, europeus abonados e casas noturnas, tem clima liberal, com público gay e às vezes lésbico absolutamente à vontade.
Para chegar lá ou a Platys
Gialos, praia mais familiar, é
preciso pegar um ônibus ou
alugar uma scooter -custa
15, R$ 38,50, e basta estar com
a carteira de habilitação.
De volta ao centro, uma dica é
o Antonini's, restaurante de 52
anos com comida típica grega.
Os garçons, como se suportassem turistas desde os tempos
de Péricles, sorriem sazonalmente, mas vale relevá-los porque pratos individuais como o
cozido de vitela vêm em porções incontestáveis e saborosas
com preço bem razoável, 12, o
equivalente a R$ 31.
Delos
Ao turista que desce de navios e tem poucas horas em Míkonos cabe a difícil decisão de
andar sem pressa pela cidade
ou embarcar rumo à ilha de Delos (aonde se chega com barcos
por 12,50 ida e volta, R$ 32,
saídas até as 16h), opção que toma a maior parte de uma tarde.
Mas não à toa. Sítio arqueológico, Delos é desabitada. Entre os destaques estão as ruínas
de um teatro com capacidade
para 5.500 espectadores, construído há 23 séculos.
(THIAGO MOMM)
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