São Paulo, segunda-feira, 03 de julho de 2000


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PORTOS DO CARIBE
Em Montego Bay, visitante é motivo de curiosidade; turismo é hoje a maior fonte de renda do país
Na Jamaica, ar ainda exala abolicionismo


DA ENVIADA ESPECIAL AO CARIBE

Crianças e jovens de uniforme correm pelas ruas sem calçada da cidade. São 16h em Montego Bay, cidade da costa jamaicana que exibe, em uma de suas praças principais, a imagem de um negro gritando contra o explorador branco. É Sam Sharpe. "Nós o adoramos", explica uma moça que observa a minha curiosidade ao ver a cena.
Sharpe foi o líder da principal revolta dos escravos negros da Jamaica contra o colonizador inglês, em 1831. O movimento que iniciou levou ao saque de fazendas e ao assassinato de muitos senhores de terra. A repressão foi violenta, mas deu impulso ao movimento abolicionista do país. A escravidão, que havia sido introduzida pelos espanhóis para a exploração colonial do açúcar, terminaria pouco depois, em 1834.
Hoje o turismo é a maior fonte de renda da Jamaica. Em Montego Bay, porém, os turistas não costumam ir às ruas. Quando o fazem, para ir a centros comerciais ou à feira de artesanato, são motivo de curiosidade. Em geral, ficam nos hotéis, resorts ou navios e fazem excursões pela ilha.
Na feira de artesanato de Montego Bay é possível encontrar vestidos, tapeçaria, sandálias e brinquedos, mas os preços são altos. Uma saída de banho sai por cerca de US$ 20, e uma sandália pode custar US$ 17.
É curioso notar que alguns sisudos nomes ingleses de ruas foram trocados por outros mais alegres e coloridos. A Gloucester Road, no centro de Montego Bay, por exemplo, virou Hip Street, local em que há muitas festas à noite.
O Valtur Prima oferece uma excursão a Ocho Ríos, onde há uma cachoeira no rio Dunn. O passeio inclui a cidade histórica de Falmouth, onde Colombo desembarcou pela primeira vez na ilha.
(SYLVIA COLOMBO)


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