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PORTOS DO CARIBE
Em Montego Bay, visitante é motivo de curiosidade; turismo é hoje a maior fonte de renda do país
Na Jamaica, ar ainda exala abolicionismo
DA ENVIADA ESPECIAL AO CARIBE
Crianças e jovens de uniforme
correm pelas ruas sem calçada da
cidade. São 16h em Montego Bay,
cidade da costa jamaicana que
exibe, em uma de suas praças
principais, a imagem de um negro
gritando contra o explorador
branco. É Sam Sharpe. "Nós o
adoramos", explica uma moça
que observa a minha curiosidade
ao ver a cena.
Sharpe foi o líder da principal
revolta dos escravos negros da Jamaica contra o colonizador inglês, em 1831. O movimento que
iniciou levou ao saque de fazendas e ao assassinato de muitos senhores de terra. A repressão foi
violenta, mas deu impulso ao movimento abolicionista do país. A
escravidão, que havia sido introduzida pelos espanhóis para a exploração colonial do açúcar, terminaria pouco depois, em 1834.
Hoje o turismo é a maior fonte
de renda da Jamaica. Em Montego Bay, porém, os turistas não
costumam ir às ruas. Quando o
fazem, para ir a centros comerciais ou à feira de artesanato, são
motivo de curiosidade. Em geral,
ficam nos hotéis, resorts ou navios e fazem excursões pela ilha.
Na feira de artesanato de Montego Bay é possível encontrar vestidos, tapeçaria, sandálias e brinquedos, mas os preços são altos.
Uma saída de banho sai por cerca
de US$ 20, e uma sandália pode
custar US$ 17.
É curioso notar que alguns sisudos nomes ingleses de ruas foram
trocados por outros mais alegres e
coloridos. A Gloucester Road, no
centro de Montego Bay, por
exemplo, virou Hip Street, local
em que há muitas festas à noite.
O Valtur Prima oferece uma excursão a Ocho Ríos, onde há uma
cachoeira no rio Dunn. O passeio
inclui a cidade histórica de Falmouth, onde Colombo desembarcou pela primeira vez na ilha.
(SYLVIA COLOMBO)
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