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INGLATERRA REAL
Coleções de Londres guardam obras-primas da pintura e antiguidades que pertenciam a outros países
Arte e polêmica pontuam museus locais
da enviada especial à Inglaterra
Se a palavra "museu" costuma
lhe provocar alergia, prepare-se
para uma revelação que pode mudar essa idéia. Saiba que o British
Museum, de Londres, não expõe
apenas obras de arte e antiguidades, o que, por si só, já justifica a
visita. Ao passear por seus corredores e salas, você estará dando de
cara também com uma antiga polêmica.
Um dos tesouros do museu é o
conjunto de "mármores de Elgin". Eles costumavam decorar a
parte superior do Partenon, em
Atenas, até que, no século 19, um
certo lorde Elgin "comprou-os"
e os levou para a Inglaterra.
Na época sob domínio dos turcos, que teriam vendido as peças
ao lorde, a Grécia não protestou.
Hoje, há uma campanha na própria Inglaterra para que os mármores sejam devolvidos ao seu
país de origem.
Mas, enquanto nada se resolve,
você pode se deliciar, em Londres
mesmo, com essa série de cenas da
antiga Atenas. Nas salas vizinhas,
estão expostas mais antiguidades,
como estátuas, principalmente assírias e egípcias, e múmias.
Outra preciosidade do museu é
um templo reconstruído lá mesmo, com base em colunas e estátuas turcas de um período anterior
a Cristo.
No andar superior, há coleções
de arte medieval e renascentista,
com exposições também de artefatos. Para quem gosta de livros, os
evangelhos de Lindisfarne, de 698,
são um capítulo à parte, com suas
iluminuras.
Artes plásticas
A National Gallery e seus Renoir, Monet, Van Gogh e Bellini,
entre outros, também deve constar de seu roteiro. Considerado o
mais importante museu de artes
plásticas da capital, possui mais de
2.200 obras, representativas de um
período que vai do renascimento
ao século 19.
A visita pode ser enriquecida
ainda com palestras, apresentações de vídeos e filmes, além de
exposições temporárias, que integram o cardápio artístico oferecido pelo museu.
Como estrelas da casa, figuram,
entre outras, as telas "Doge Leonardo Loredan", do italiano Giovanni Bellini (1430-1516), "A
Adoração dos Reis", de Pieter
Brueghel, o Velho (1568-1625), e o
famoso "Guarda-Chuvas", de
Pierre-Auguste Renoir
(1841-1919), do impressionismo.
O quadro "Girassóis", de Van
Gogh (1853-1890), é considerado
outro tesouro da coleção, que foi
inaugurada no início do século 19,
no mesmo endereço.
Já quadros como "Cossacos",
do russo Wassily Kandinsky
(1866-1944), do modernismo, e
"As Três Dançarinas", de Pablo
Picasso (1881-1973), podem ser
admiradas na Tate Gallery, que
reúne a mais vistosa coleção de arte moderna de Londres.
Localizada próxima ao rio Tâmisa, a galeria ainda conta com um
acervo de arte britânica do século
16 à atualidade. E, para saciar não
só a fome do espírito, a Tate Gallery conta ainda com uma cafeteria e um restaurante.
(CARLA ARANHA)
Onde encontrar - British Museum: Great
Russell Street, WC1 (estação de metrô
Tottenham Court), aberto das 10h às 17h,
de segunda a sábado, e, aos domingos,
das 14h30 às 18h; National Gallery: Trafalgar Square (estação de metrô Charing
Cross ou Leisceter Square), aberta de segunda a sábado, das 10h às 18h, e, aos
domingos, das 14h às 18h; Tate Gallery:
Millbank, SW1 (estação de metrô Pimlico),
aberta de segunda a sábado, das 10h às
17h50, e, domingos, das 14h às 17h50.
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