da enviada especial à Inglaterra

Mesmo de olhos fechados você consegue saber onde está: o cheirinho de madeira misturado ao de cerveja e cigarros é inconfundível. Sim, você se encontra em um "pub", uma das "instituições" britânicas mais antigas.
Reza a tradição que esses bares existem desde a Idade Média, quando serviam como hospedaria para os que estavam de passagem -o nome "pub" é uma abreviação de "public house".
De lá para cá, a clientela mudou tanto que, hoje, os "pubs" são frequentados basicamente por engravatados em busca de diversão etílica após o trabalho.
Como é possível perceber, idas a "pubs" garantem não só um entretenimento típico, mas permitem também que você fique mais próximo dos nativos. Calibrados com cerveja, muitos até arriscam um bate-papo com estranhos.
Mas, se você quiser acompanhar o ritmo alcoólico deles, cuidado. Para quem não está acostumado, tomar um "pint" (um canecão de mais de meio litro) de cerveja inglesa, geralmente com 15% de teor de álcool, pode ter o mesmo efeito que a ingestão de uma caipirinha e meia. Imagine o que pode acontecer depois do terceiro "pint". Hecatombe à vista.
Também não espere que a cerveja seja servida gelada. Lá, não é assim. Mas os locais parecem adorar, então o negócio é entrar no clima e nem ligar para a provável ausência de quitutes, como porções de frios e bolinhos, dificilmente encontráveis por lá.
Em vários "pubs", o que você vai ver, e muito, são turmas de jovens executivos e profissionais liberais. No Chandos, em Chandos Place (a uma quadra da igreja Saint Martin in the Fields), isso é particularmente verdade. A pedido, é possível reunir ali várias mesas para acomodar grupos maiores, de mais de cinco pessoas.
Nas redondezas, há uma infinidade de bares similares, todos com uma característica em comum: depois das 19h, eles ficam lotados e é quase impossível conseguir entrar. E, como às 23h a maioria deles fecha as portas, o ideal é chegar por volta das 18h para aproveitar bastante.
(CARLA ARANHA)



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