São Paulo, segunda-feira, 04 de junho de 2001

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Klink quer minimizar impacto

DA REPORTAGEM LOCAL

"Está na hora de a indústria do turismo brasileiro investir em projetos com pouco impacto ambiental e muito serviço." Com a frase, o velejador Amir Klink resume o que deseja vislumbrar no futuro náutico nacional.
Foi pensando nisso que ele desenvolveu, com tecnologia sueca, o sistema de píeres flutuantes que deverá ser utilizado no projeto da Rota Náutica K&C.
As plataformas -que sobem e descem, acompanhando o movimento das marés- tornam desnecessários os píeres fixos. Com isso, não é preciso aterrar o mar, evitando danos ao ambiente.
Em Parati (RJ), ele já instalou um cais de 350 m, gerando 80 vagas náuticas na ilha da Bexiga. O investimento até agora -do próprio bolso- foi de R$ 1,5 milhão.
Sua intenção é empregar mais pelo menos o dobro para terminar a construção de duas marinas molhadas (em que os barcos ficam "estacionados" na água), iniciada há seis anos.
No projeto de Parati -que vai totalizar 120 vagas- não haverá incorporação de hotéis. "A idéia é aproveitar a estrutura que já existe na cidade", afirma.
As plataformas, segundo Klink, são modulares (3m X 10m cada uma). Com elas é possível montar qualquer figura, "até mesmo uma ilha", diz. Por fim, sua última -mas não menos importante- vantagem é ser mais baratas. O investimento, segundo ele, vai de US$ 6.000 a US$ 10 mil por vaga. O retorno com o aluguel da vaga -de R$ 500 a R$ 1.000 por mês- viria em 15 meses.

Necessidade
A idéia de usar a tecnologia para instalar marinas pela costa surgiu de uma necessidade. "O Brasil não tem rotas com pontos de apoio no litoral. Os hotéis de praia não possuem estrutura de água. Por isso vêm poucos barcos do exterior para cá", diz Klink.
O projeto da rota náutica prevê a criação de pontos de apoio para as embarcações (onde é possível ligar os barcos à luz e à rede de esgoto, além de abastecer etc.) a cada 60 milhas (111 km).
As marinas serão construídas sempre em locais com vocação natural, dotados de baías abrigadas, para evitar ao máximo a interferência no ambiente, como a construção de barreiras. (RGV)



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