|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Klink quer minimizar impacto
DA REPORTAGEM LOCAL
"Está na hora de a indústria do
turismo brasileiro investir em
projetos com pouco impacto ambiental e muito serviço." Com a
frase, o velejador Amir Klink resume o que deseja vislumbrar no
futuro náutico nacional.
Foi pensando nisso que ele desenvolveu, com tecnologia sueca,
o sistema de píeres flutuantes que
deverá ser utilizado no projeto da
Rota Náutica K&C.
As plataformas -que sobem e
descem, acompanhando o movimento das marés- tornam desnecessários os píeres fixos. Com
isso, não é preciso aterrar o mar,
evitando danos ao ambiente.
Em Parati (RJ), ele já instalou
um cais de 350 m, gerando 80 vagas náuticas na ilha da Bexiga. O
investimento até agora -do próprio bolso- foi de R$ 1,5 milhão.
Sua intenção é empregar mais
pelo menos o dobro para terminar a construção de duas marinas
molhadas (em que os barcos ficam "estacionados" na água), iniciada há seis anos.
No projeto de Parati -que vai
totalizar 120 vagas- não haverá
incorporação de hotéis. "A idéia é
aproveitar a estrutura que já existe na cidade", afirma.
As plataformas, segundo Klink,
são modulares (3m X 10m cada
uma). Com elas é possível montar
qualquer figura, "até mesmo uma
ilha", diz. Por fim, sua última
-mas não menos importante-
vantagem é ser mais baratas. O investimento, segundo ele, vai de
US$ 6.000 a US$ 10 mil por vaga.
O retorno com o aluguel da vaga
-de R$ 500 a R$ 1.000 por mês-
viria em 15 meses.
Necessidade
A idéia de usar a tecnologia para
instalar marinas pela costa surgiu
de uma necessidade. "O Brasil
não tem rotas com pontos de
apoio no litoral. Os hotéis de praia
não possuem estrutura de água.
Por isso vêm poucos barcos do
exterior para cá", diz Klink.
O projeto da rota náutica prevê
a criação de pontos de apoio para
as embarcações (onde é possível
ligar os barcos à luz e à rede de esgoto, além de abastecer etc.) a cada 60 milhas (111 km).
As marinas serão construídas
sempre em locais com vocação
natural, dotados de baías abrigadas, para evitar ao máximo a interferência no ambiente, como a
construção de barreiras.
(RGV)
Texto Anterior: Marinas podem sacudir costa do país Próximo Texto: Construção tem início previsto para 2002 Índice
|