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Marina baiana recebe eventos internacionais
DA REPORTAGEM LOCAL
A Bahia Marina, incluída como
ponto de parada da Via Náutica
de Salvador, é uma das iniciativas
mais bem-sucedidas do país na
área, na avaliação do velejador
Amir Klink.
Tem 300 vagas na água (cerca de
250 ocupadas). Dependendo da
demanda, pode chegar a ter 770,
segundo as previsões de seu diretor, Reinaldo Loureiro.
Os preços de "hospedagem" das
embarcações variam. A vaga transitória (o barco fica no local por
um período determinado) custa
R$ 1/pé/dia. Traduzindo, cada pé
(30,4 cm) da embarcação vale R$ 1
por dia. No caso da vaga permanente, o preço cai para R$ 0,50/
pé/dia, mas é cobrada uma taxa
de adesão inicial, que vai de R$
8.000 a R$ 25 mil.
A marina também tem 200 vagas secas, cujo aluguel de seis meses custa R$ 200 mensais para embarcações de até 18 pés.
"Na parte hoteleira, agora vamos abrir o mercado para os paulistas trazerem os barcos para cá",
afirma Loureiro.
Eventos
Apesar da preocupação, a Bahia
já é o principal receptor de eventos náuticos do país, inclusive internacionais, organizados ou com
sede no Centro Náutico da Bahia
(Cenab), uma associação civil
sem fins lucrativos.
Além disso, o Estado foi premiado pela natureza com a maior
baía existente no Brasil -a de Todos os Santos.
O Cenab foi criado pelo governo
do Estado, com quem hoje mantém convênio, em 1996. Nos últimos dois anos, o centro recebeu
26 grandes eventos, que incluíram
definitivamente a Bahia no circuito náutico mundial.
Os maiores renderam ao Estado
US$ 4.780.500, entre gastos com
manutenção de embarcações,
aluguel de veículos, despesas de
hospedagem e gastos dos participantes e dos visitantes (veja calendário com os próximos eventos
previstos nesta página).
Atuação
O diretor-geral do Cenab, José
Raimundo Zacarias, lista como
quatro as áreas prioritárias da associação: realizar/receptar eventos (regatas, ralis internacionais e
campeonatos regionais e mundiais), promover cidadania (formação de pessoal na área náutica), fomentar a cultura (com palestras ambientais e sobre cultura)
e o desenvolvimento de negócios.
Zacarias vê com bons olhos o
projeto da rota náutica: "É muito
oportuno. O brasileiro ainda não
optou por essa atividade por falta
de infra-estrutura".
Para os que dizem que é um estilo de lazer elitista, ele manda um
recado: "Dá para comprar um laser [pequeno barco a vela, de classe olímpica" por R$ 1.000".
Além disso, raciocina Zacarias,
a atividade acaba, de uma forma
ou de outra, repercutindo nos estratos mais carentes da sociedade,
pois gera emprego para marinheiros, eletricistas, mecânicos e
até incentiva os micro e pequenos
empresários a se instalarem no
entorno das marinas.
(RGV)
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