São Paulo, segunda-feira, 04 de junho de 2001

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Marina baiana recebe eventos internacionais

DA REPORTAGEM LOCAL

A Bahia Marina, incluída como ponto de parada da Via Náutica de Salvador, é uma das iniciativas mais bem-sucedidas do país na área, na avaliação do velejador Amir Klink.
Tem 300 vagas na água (cerca de 250 ocupadas). Dependendo da demanda, pode chegar a ter 770, segundo as previsões de seu diretor, Reinaldo Loureiro.
Os preços de "hospedagem" das embarcações variam. A vaga transitória (o barco fica no local por um período determinado) custa R$ 1/pé/dia. Traduzindo, cada pé (30,4 cm) da embarcação vale R$ 1 por dia. No caso da vaga permanente, o preço cai para R$ 0,50/ pé/dia, mas é cobrada uma taxa de adesão inicial, que vai de R$ 8.000 a R$ 25 mil.
A marina também tem 200 vagas secas, cujo aluguel de seis meses custa R$ 200 mensais para embarcações de até 18 pés.
"Na parte hoteleira, agora vamos abrir o mercado para os paulistas trazerem os barcos para cá", afirma Loureiro.

Eventos
Apesar da preocupação, a Bahia já é o principal receptor de eventos náuticos do país, inclusive internacionais, organizados ou com sede no Centro Náutico da Bahia (Cenab), uma associação civil sem fins lucrativos.
Além disso, o Estado foi premiado pela natureza com a maior baía existente no Brasil -a de Todos os Santos.
O Cenab foi criado pelo governo do Estado, com quem hoje mantém convênio, em 1996. Nos últimos dois anos, o centro recebeu 26 grandes eventos, que incluíram definitivamente a Bahia no circuito náutico mundial.
Os maiores renderam ao Estado US$ 4.780.500, entre gastos com manutenção de embarcações, aluguel de veículos, despesas de hospedagem e gastos dos participantes e dos visitantes (veja calendário com os próximos eventos previstos nesta página).

Atuação
O diretor-geral do Cenab, José Raimundo Zacarias, lista como quatro as áreas prioritárias da associação: realizar/receptar eventos (regatas, ralis internacionais e campeonatos regionais e mundiais), promover cidadania (formação de pessoal na área náutica), fomentar a cultura (com palestras ambientais e sobre cultura) e o desenvolvimento de negócios.
Zacarias vê com bons olhos o projeto da rota náutica: "É muito oportuno. O brasileiro ainda não optou por essa atividade por falta de infra-estrutura".
Para os que dizem que é um estilo de lazer elitista, ele manda um recado: "Dá para comprar um laser [pequeno barco a vela, de classe olímpica" por R$ 1.000".
Além disso, raciocina Zacarias, a atividade acaba, de uma forma ou de outra, repercutindo nos estratos mais carentes da sociedade, pois gera emprego para marinheiros, eletricistas, mecânicos e até incentiva os micro e pequenos empresários a se instalarem no entorno das marinas. (RGV)



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