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São Paulo, segunda-feira, 04 de agosto de 2003

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VAQUEIRO POR UM DIA

A tarefa é levar o gado para um cercado

Repórter vira peão e toca búfalos na ilha

DO ENVIADO ESPECIAL

Havia montado em cavalo uma vez na vida, na fazenda de um tio quando criança, e para tirar uma foto. Mas em Marajó virei vaqueiro por um dia.
A tarefa era tocar os búfalos da fazenda Sanjo de um campo alagado até o curral. Lá fui eu, devidamente paramentado, com botas e chapéu de palha, montado em um animal da raça marajoara, acompanhado por um vaqueiro "de verdade".
Já estava acostumado com o cavalo, pois esse foi o meio de transporte na chegada à Sanjo.
No início, ainda meio acanhado com a nova situação, fui cauteloso. Entrei no lago, montado no cavalo, com a água na altura das coxas. Os búfalos nadavam em círculos, no centro, pois os outros vaqueiros já estavam lá, gritando para reunir o rebanho.
Logo, estava enturmado, gritando com os vaqueiros, buscando os animais desgarrados, sempre com a ajuda do vaqueiro designado para isso.
A visão dos búfalos nadando em círculos, no meio do campo alagado, acuados pelos cavalos, tem uma beleza selvagem que combina com a magia da ilha, local povoado de lendas e berço de civilizações indígenas ancestrais que nos deixaram um legado de cerâmicas sofisticadas.
Depois de levar os búfalos para dentro do curral, ficou a sensação de dever cumprido e de ter passado por uma experiência daquelas que não dá para esquecer.
(AP)


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