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VAQUEIRO POR UM DIA
A tarefa é levar o gado para um cercado
Repórter vira peão e toca búfalos na ilha
DO ENVIADO ESPECIAL
Havia montado em cavalo
uma vez na vida, na fazenda de
um tio quando criança, e para
tirar uma foto. Mas em Marajó
virei vaqueiro por um dia.
A tarefa era tocar os búfalos
da fazenda Sanjo de um campo
alagado até o curral. Lá fui eu,
devidamente paramentado,
com botas e chapéu de palha,
montado em um animal da raça marajoara, acompanhado
por um vaqueiro "de verdade".
Já estava acostumado com o
cavalo, pois esse foi o meio de
transporte na chegada à Sanjo.
No início, ainda meio acanhado com a nova situação, fui
cauteloso. Entrei no lago, montado no cavalo, com a água na
altura das coxas. Os búfalos nadavam em círculos, no centro,
pois os outros vaqueiros já estavam lá, gritando para reunir
o rebanho.
Logo, estava enturmado, gritando com os vaqueiros, buscando os animais desgarrados,
sempre com a ajuda do vaqueiro designado para isso.
A visão dos búfalos nadando
em círculos, no meio do campo
alagado, acuados pelos cavalos,
tem uma beleza selvagem que
combina com a magia da ilha,
local povoado de lendas e berço
de civilizações indígenas ancestrais que nos deixaram um legado de cerâmicas sofisticadas.
Depois de levar os búfalos para dentro do curral, ficou a sensação de dever cumprido e de
ter passado por uma experiência daquelas que não dá para
esquecer.
(AP)
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