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Fuga da rotina vira "jornada" de 10 anos
DA REPORTAGEM LOCAL
Nada que seja muito fixo atrai
Denize Cardoso, 30. Há dez anos
ela viaja pelo mundo, sempre arranjando empregos com os quais
possa se sustentar no país que escolhe para conhecer. Quando enjoa, pega as malas e segue viagem.
Nesse esquema e graças ao passaporte italiano, morou em seis países e conheceu muitos outros.
"Formei-me em educação física, mas sempre tive loucura por
viajar. Foi então que me ocorreu
que juntar trabalho com o que eu
mais gostava de fazer nas horas
vagas poderia ser interessante."
Começou trabalhando em hotéis, e a primeira oportunidade de
ir para o exterior surgiu com um
emprego no Japão. "Depois de lá,
tudo ficou fácil", acredita ela.
Trabalhou em hotéis, agências
de turismo e em eventos esportivos na Europa, incluindo bicos
em treinos de corridas de Fórmula 1 e Copas do Mundo.
Denize é tão avessa a rotinas
que, mesmo os empregos em resorts, que costumam enviar seus
monitores para diferentes unidades, não a atraem. Para ela, o simples fato de viver em um hotel já é
algo semelhante a uma prisão e
não lhe daria a chance de realmente conhecer um país.
As lembranças das aventuras
são guardadas na casa da mãe, no
Brasil. "Tenho caixas cheias de
coisas que não tenho coragem de
jogar fora", diverte-se.
Coragem é algo que ela acredita
que basta para as aventuras a que
se propõe, independentemente
dos sustos -assaltos, perseguições- pelos quais já passou.
"Hoje sei que em qualquer lugar
do mundo posso conseguir trabalho e ser feliz", conta. "O problema é que não consigo parar com
essa vida."
(CKT)
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