free-lance para a Folha

Para quem já visitou o vilarejo de San Juan Chamula, uma caminhada de quatro quilômetros leva ao outro lado da montanha, onde está localizada a vila de Zinacatán.
As diferenças entre as duas comunidades são marcantes.
Especialistas no cultivo de flores, os homens zinacatecos vestem ponchos roxos e vermelhos e calças curtas. Suas mulheres trajam camisas com estampas de flores.
Por sua vez, os chamulas se vestem com casacos pretos e calças brancas. As mulheres, invariavelmente, envergam camisas azuis.
A igreja dos zinacatecos não possui símbolos católicos. O que se vê são oferendas em forma de comida, flores e velas. Na realidade, o culto é para os deuses maias.
O vilarejo é extremamente limpo e tranquilo. O interior da igreja local também não pode ser fotografado. Grande parte dos indígenas não fala espanhol. Existem algumas vendinhas onde é possível fazer um lanche com tortillas. Boa pedida é a visita à casa de um nativo junto com o guia.
Outros passeios
Distante 142 km de San Cristóbal de las Casas, o Parque Nacional de Montebello possui exuberante floresta e mais de 60 lagos de todos os tamanhos. Para os amantes da natureza, o lugar é uma espécie de Shangri-lá.
Distante 65 km de San Cristóbal, o cânion de Sumidero é de uma beleza indescritível. Possui uma altura de 1.200 m e se encontra ao redor do rio Grijalva (15 km). É considerado, pelos mexicanos, a mais espetacular obra da natureza.
O passeio é feito em um barco (US$ 15 por pessoa), demora três horas e leva a muitas cachoeiras e cavernas. Durante o percurso, patos, iguanas, pelicanos e garças dão o ar da graça.
Em 1528, os índios promoveram ali um suicídio coletivo. Acuados pelos espanhóis, atiraram-se do alto do cânion. (ARTHUR VERÍSSIMO)



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