|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
RS prepara lei para normatizar o setor
DA REPORTAGEM LOCAL
A Secretaria de Turismo do Rio
Grande do Sul está elaborando
um projeto de lei para a normatização de cada modalidade dos esportes de aventura. O documento, que está quase pronto, "faltando apenas os ajustes finais", deve
ser encaminhado para a Assembléia Legislativa até o fim de agosto, segundo Álvaro Machado,
coordenador de projetos de ecoturismo e aventura da secretaria.
Além de criar normas, como a
necessidade do uso de determinados equipamentos de segurança,
o documento inclui a obrigatoriedade de as operadoras do setor
treinarem seus profissionais para
certificá-los e, assim, obter licença
do governo para atuar. O documento é fruto de discussões realizadas por operadores, técnicos e
entidades ligadas aos esportes.
A falta de uma legislação que garanta a segurança dos praticantes
das atividades de aventura é uma
das principais preocupações do
setor, pois tal lacuna aumenta o
risco de acidentes.
Para a consultora de turismo de
aventura Cristina Amaral, o Rio
Grande do Sul saiu na frente nesse
processo de regulamentação do
setor, que, na opinião dela, deve
ser conduzido pelo próprio "trade". "Os empresários precisam se
unir e os vendedores de pacotes
precisam ser treinados para avaliar se os clientes são capazes de
praticar esportes de aventura."
Iniciativa semelhante ao do Rio
Grande do Sul está começando no
Estado de São Paulo, onde foi
criada a Appta (Associação Paulista Pró-Turismo de Aventura).
A entidade tem 38 associados,
entre representantes do governo e
de empresas de 20 municípios,
entre eles Brotas, Socorro, Serra
Negra e Itararé.
A Appta pretende realizar um
fórum em Serra Negra, com a presença de técnicos, para discutir a
regulamentação do setor. "Para
isso, devemos contar com o apoio
da Secretaria Estadual de Turismo e da Embratur", diz Idenir Perondini, diretor social da Appta.
O órgão federal chegou a realizar uma oficina em abril do ano
passado, em Caeté (MG), no qual
discutiu-se problemas como o
despreparo dos guias e a inexistência de normatização.
O resultado foi a elaboração do
Plano Nacional de Desenvolvimento Sustentável do Turismo de
Aventura, um documento que
não saiu do papel, apesar de listar
diversas dificuldades do setor, como a falta de infra-estrutura adequada, a exclusão da comunidade
local e o impacto ambiental.
"Pretendemos fazer mais oficinas este ano para estabelecer diretrizes e formatar uma política para o setor, porém a sua regulamentação tem que ser feita pelos
Estados, porque cada região tem
suas peculiaridades", afirma Paulo Loes, chefe do Departamento
de Projetos Especiais da Embratur.
(MARISTELA DO VALLE)
Texto Anterior: Corridas no mato liberam estresse Próximo Texto: ONGs querem selo de qualidade Índice
|