|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
NJ VÊ NY
Declarada patrimônio histórico nacional em 1976, cidade é antigo resort dos EUA e acolhe festivais durante todo o ano
Cape May ostenta 600 casas vitorianas
DA ENVIADA ESPECIAL A NOVA JERSEY
Sob inspiração da Inglaterra vitoriana, formou-se no extremo
sul de Nova Jersey o mais antigo
resort de praia dos Estados Unidos. Com vista para o oceano
Atlântico, Cape May ostenta hoje
mais de 600 casas de madeira em
estilo vitoriano, erguidas entre
1850 e 1910.
Trata-se da maior concentração
da América desse tipo de arquitetura -que se caracteriza pela riqueza e pelo conforto excessivos,
reflexo da grande euforia e prosperidade vividas durante o governo da rainha Vitória, no século 19.
Nas fachadas das casas, destacam-se janelas grandes e de vãos
salientes e alpendres com colunas
torneadas. O interior das casas é
uma mistura de várias cores fortes
(verde, vermelho, castanho e
mostarda), atravancado pela superposição de mobília e acessórios. Os móveis de mogno ou nogueira são repletos de detalhes.
A cidade fica a 40 minutos (ou
25 km) de Atlantic City e foi declarada patrimônio histórico nacional em 1976.
Andar, andar e andar
Roupas e sapatos confortáveis
são requisitos para a principal atividade em Cape May: um passeio
a pé pelas ruas da cidade para observar cada detalhe das casas e a
data em que foram construídas.
Faça uma parada obrigatória na
propriedade de Emlen Physick,
um médico que contratou o arquiteto Frank Furness para projetar uma mansão de 18 cômodos
em 1879. O prédio, que tem grande parte de sua mobília assinada
por Furness, foi transformado no
Museu da Casa Vitoriana, em
1970, cujas mostras tratam do estilo de vida vitoriano apreciado
por Physick.
Do lado de fora da mansão, a
Casa da Carruagem abriga, além
da sala de chá, a galeria de exposições temporárias. A mostra atual,
"Mr. Ford's Model T", conta a história do modelo T, veículo com o
qual Henry Ford inaugurou a linha de montagem automobilística no início do século 20.
Na varanda dos fundos da casa,
um aconchegante restaurante
convida o visitante a apreciar a
culinária inglesa reproduzida pelos moradores. São saladas, sanduíches, pães, patês, chás e sucos,
servidos em louças delicadamente trabalhadas, ao som de pássaros que habitam o jardim.
Se, após fazer um tour pela cidade, o turista ainda quiser se integrar mais com a comunidade local, pode se hospedar em uma das
casas que oferecem o que eles chamam de "bed & breakfast" e nós,
de pensão. O preço é um pouco
caro, varia de US$ 150 a US$ 250
na alta temporada, mas é possível
encontrar promoções, com desconto de até 50% para hospedagem na baixa temporada.
Praias e farol
Guarda-sóis disputam espaço
na areia das praias de Cape May
durante o verão. É no beira-mar,
ou bem próximo dele, que também se concentra grande parte
das atrações turísticas da cidade.
A mais popular delas é o Cape
May Lighthouse, com 48 metros
de altura. O visitante que se animar a subir 199 degraus para alcançar o topo do farol, construído
em 1859, terá uma visão privilegiada da cidade e do colorido de
suas casas, além da baía de Delaware e do oceano.
A vila histórica Cold Spring, um
museu a céu aberto, também fica
na rota costeira. Possui mais de 25
construções que dão uma idéia de
como era uma vila rural nos anos
de 1850. O local fica aberto de junho a setembro, quando é palco
de concertos aos sábados à tarde e
do festival da abóbora.
Cape May, por sinal, tem uma
série de eventos temáticos durante o ano. Nos finais de semana de
março e outubro, há um torneio
em que os participantes se transformam em Sherlock Holmes.
De 20 a 25 de setembro, haverá o
festival de vinho e, entre 7 e 9 de
novembro, a cidade acolhe o Cape
May Festival, que terá apresentação do organista Joye Defrancesco, do saxofonista Eric Alexander
e do cantor Jimmy Scott.
Antes de visitar a cidade, entre
no site do Mid-Atlantic Center for
the Arts (www.capemaymac.org)
para saber das atrações da temporada. O centro orienta turistas e
organiza tours a pé, de microônibus e de barco, além de roteiros
ecológicos e históricos.
(NOELI MENEZES SOARES)
Texto Anterior: Atlantic City já era playground no séc. 19 Próximo Texto: Vilas distanciam-se do moderno Índice
|