São Paulo, segunda-feira, 12 de março de 2001

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Nova pousada dobrará oferta de quartos


NO LITORAL CEARENSE

Ponta Grossa começa a acordar para o turismo, com a discreta ampliação da oferta de leitos e o projeto de um novo restaurante.
Atualmente o povoado só conta com a pousada Canaã, inaugurada no réveillon 1999-2000 e que tem três quartos -cada um com uma cama de casal e outra de solteiro. Ela cobra diária de R$ 20 por casal, com café.
Mas outra pousada está sendo construída. De propriedade de Misaac Crispim, ela tem a mesma capacidade e estilo da Canaã.
A simplicidade e o caráter acolhedor são as principais características das casas.
O café da manhã da Canaã, servido na varanda da casa dos seus proprietários, Jonas e Santana Crispim, consiste de tapioca, ovo frito, suco, café, leite, pão e, de vez em quando, um bolinho.
Embora não tenha restaurante próprio, o local também faz almoço e/ou jantar para seus hóspedes mediante encomenda prévia.
Dessa forma, se o turista está com vontade de comer peixada ou peixe frito com baião-de-dois (um prato local à base de arroz, feijão e queijo coalho), basta encomendar a refeição a Santana, e ela mesma a prepara.
Já o seu marido, Jonas, é especialista em assar peixes numa fogueira preparada por ele mesmo no quintal da pousada.

Restaurantes
Outra opção é recorrer a um dos três restaurantes locais, o do Sidrak, a barraca Pantanal e a de Jeová, localizada tão perto do mar que chega a alagar quando a maré sobe muito e por isso tem o apelido de O Apertado da Hora.
Os três têm a mesma arquitetura: teto de palhoça sustentado por uma estrutura de madeira, lembrando mais barracas de praia.
Assim como no restaurante do Sidrak, o cardápio da barraca Pantanal é simples: camarão, peixe e lagosta, embora a última não possa ser pescada nesta época por ser seu período de reprodução. Com isso o crustáceo só voltará a ser servido em 1º de maio, quando há a festa da lagosta.
Normalmente a porção de peixe, seja ele frito ou ensopado (peixada), muito bem servida para duas pessoas, com arroz, farofa e salada, custa R$ 10. O tipo de peixe servido depende sempre do que foi pescado recentemente.
Embora com o cardápio limitado, os proprietários de tais restaurantes preparam outras refeições encomendadas com antecedência. A Pantanal, por exemplo, faz galinha cabidela por R$ 17 -o preço é alto porque a ave precisa ser comprada de terceiros.
Já a barraca de Jeová é mais especializada em tira-gostos. A porção de polvo com molho de tomate, por exemplo, é deliciosa, mas nem sempre há o molusco no local. Um quilo custa R$ 10.
Numa perspectiva de diversificar as opções de pratos, Otoniel Crispim, filho de Jonas (da Canaã), pretende inaugurar a longo prazo um restaurante que oferecerá peixe na telha, porções de macaxeira e de bolinho de peixe.
No quesito bebida, todos os restaurantes têm cerveja à vontade, mas a caipirinha e a caipirosca não costumam constar nos cardápios devido à dificuldade na produção de gelo em larga escala.
Ao lado do restaurante do Sidrak, há um terreno que pode ser utilizado para acampamento de turistas. O local é uma alternativa para quem não consegue se hospedar na Canaã, já que a falta de telefone no povoado impede as reservas antecipadas. (MV)


Texto Anterior: Quietude local só é abalada por cultos evangélicos
Próximo Texto: Museu domiciliar tem peças arqueológicas
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.