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EUA
Para deixar de ser a última opção de passeio em Washington, local ganharia museu dedicado às artes interpretativas
Centro Kennedy quer virar destino turístico
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
O novo presidente do Centro
John F. Kennedy de Artes Interpretativas, Michael Kaiser, quer
transformar o complexo em um
destino turístico em Washington,
DC. Kaiser espera que seu empenho em criar novos programas
artísticos e um marketing mais
agressivo elevem o status do centro ao nível das maiores óperas e
casas de espetáculos de Nova
York, Londres e Paris.
Ele também gostaria de ter um
museu nacional dedicado às artes
interpretativas como parte do
centro, que é hoje o memorial oficial do presidente John F. Kennedy e, atualmente, abriga a Sinfônica Nacional e a Ópera de
Washington.
"A intenção é que o Centro Kennedy vire um destino, não apenas
um lugar para visitar caso você esteja em Washington por outros
motivos", diz Kaiser.
Fazer uma visita ao centro é frequentemente a última escolha para milhões de pessoas que vão aos
museus de Washington, de acordo com Kaiser.
"Se ninguém sabe que você está
trabalhando em alto nível, você
não terá categoria mundial e não
se tornará um destino", afirma.
Desde que assumiu o centro, no
mês passado, Kaiser conseguiu
atenção da mídia com vários
anúncios, incluindo o de que vai
abrigar o Balé Bolshoi e o dos US$
50 milhões recebidos do filantropo cubano Alberto Vilar, que foi a
maior doação de pessoa física da
história do centro.
Conhecido no mundo das artes
como o "Rei da Transformação"
por recuperar centros "doentes",
como a Royal Opera House e,
mais tarde, o balé de Kansas City,
ele tem um desafio diferente no
Centro Kennedy.
"Estamos tão preocupados em
vender ingressos que nos esquecemos de vender quem nós somos", afirma ele.
Identidade
"Se há uma coisa que eu fiz para
mudar a sorte das organizações
que dirigi foi construir uma identidade institucional", comenta.
O Centro Kennedy está passando por uma série de renovações.
Um dos planos mais ambiciosos
de Kaiser é o do primeiro museu
dos Estados Unidos dedicado às
artes interpretativas.
O prédio exibiria cenários, trajes e partituras de música e seria
uma vitrine da história da música
norte-americana, da ópera, do
teatro e da dança, se transformando em símbolo da importância de
Washington como a cidade das
artes interpretativas.
"Quero construir um grande
museu nesta cidade de grandes
museus." Kaiser afirmou que espera que o museu possa estar funcionando dentro de uma década,
em conjunto com a Biblioteca do
Congresso e com o Instituto
Smithsonian, o maior complexo
de museus e pesquisas do mundo.
Perguntado sobre como um
projeto tão ambicioso seria custeado, Kaiser respondeu que boa
arte atrai boa filantropia. Ele disse
estar certo de que será capaz de levantar dinheiro suficiente.
Kaiser disse que, em termos
práticos, o Centro Kennedy está
construindo novos estacionamentos para acomodar mais 750
veículos e está remodelando seus
restaurantes.
Ele também pretende construir
uma praça sobre a barulhenta rodovia próxima ao centro, além de
torná-lo mais acessível para as
pessoas que têm de driblar o trânsito para chegar ao local.
As atrações da temporada 2001-2002 do centro incluem uma
apresentação retrospectiva do
trabalho do compositor norte-americano Stephen Sondheim e
de dois dos mais renomados grupos artísticos russos, o Balé Bolshoi e o Kirov, que levarão suas
companhias a Washington.
Haverá ainda a visita do Balé
Nacional de Cuba, de uma companhia de dança nativa da Austrália e de uma comédia musical de
Seul chamada "Cookin", na qual
quatro chefs coreanos preparam
uma refeição da maneira mais barulhenta possível.
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