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SAGA
Corpo da primeira-dama viajou antes de repousar na Recoleta
Túmulo de Evita é verdadeiro santuário que ainda testemunha cenas de comoção
DO ENVIADO ESPECIAL
O destino do corpo de Evita
por muitos anos ficou obscuro.
Primeiro foi para a CGT (principal central sindical argentina),
onde ficou até 1955, quando Perón foi derrubado pelos militares. Depois peregrinou por Buenos Aires até 1957, quando uma
operação secreta o levou para
Milão e o enterrou sob o nome
de Maria Maggi de Magistris.
Em 1971, o corpo foi entregue
a seu marido, Juan Domingo Perón, que o conservou em sua residência em Madri, onde estava
exilado. O corpo foi levado para
Buenos Aires em 1974 e permaneceu na capela da residência
oficial de Olivos até 1976. Neste
ano, os militares entregaram o
corpo para a família, que o enterrou no cemitério da Recoleta.
Em todos esses anos, o corpo
de Evita não ficou ileso. Partes
dele foram cortados, segundo
informações de livros que foram
lançados nos últimos anos. Inclusive freiras teriam participado de atos envolvendo o corpo
da primeira-dama.
Em meio a grandes nomes da
história argentina, o túmulo negro de Evita é hoje praticamente
um santuário.
No dia da comemoração da
sua morte, cerca de 2.000 peregrinos no cemitério, exatamente
às 20h25, entoavam os gritos
"ente, ente, ente, Evita está presente". Carregavam faixas e choravam compulsivamente ao se
aproximar do túmulo, um dos
mais modestos do aristocrático
cemitério da Recoleta.
(GC)
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