São Paulo, segunda-feira, 12 de agosto de 2002

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SAGA

Corpo da primeira-dama viajou antes de repousar na Recoleta

Túmulo de Evita é verdadeiro santuário que ainda testemunha cenas de comoção

DO ENVIADO ESPECIAL

O destino do corpo de Evita por muitos anos ficou obscuro. Primeiro foi para a CGT (principal central sindical argentina), onde ficou até 1955, quando Perón foi derrubado pelos militares. Depois peregrinou por Buenos Aires até 1957, quando uma operação secreta o levou para Milão e o enterrou sob o nome de Maria Maggi de Magistris.
Em 1971, o corpo foi entregue a seu marido, Juan Domingo Perón, que o conservou em sua residência em Madri, onde estava exilado. O corpo foi levado para Buenos Aires em 1974 e permaneceu na capela da residência oficial de Olivos até 1976. Neste ano, os militares entregaram o corpo para a família, que o enterrou no cemitério da Recoleta.
Em todos esses anos, o corpo de Evita não ficou ileso. Partes dele foram cortados, segundo informações de livros que foram lançados nos últimos anos. Inclusive freiras teriam participado de atos envolvendo o corpo da primeira-dama.
Em meio a grandes nomes da história argentina, o túmulo negro de Evita é hoje praticamente um santuário.
No dia da comemoração da sua morte, cerca de 2.000 peregrinos no cemitério, exatamente às 20h25, entoavam os gritos "ente, ente, ente, Evita está presente". Carregavam faixas e choravam compulsivamente ao se aproximar do túmulo, um dos mais modestos do aristocrático cemitério da Recoleta. (GC)


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