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Clemilson Andrade, 60, tem uma lancha chamada Cherie e há uns dez anos reúne os amigos para acompanhar a procissão marítima no primeiro dia do ano.
Ele é o presidente da Moga, "entidade" que criou com os amigos. "Moga significa "mógalera" e André Lélys já gravou uma música sobre a gente", diz Andrade, esperando a saída da lancha, enquanto fala ao celular com um convidado atrasado.
A lancha sai da Bahia Marina, uma das mais chiques da cidade, quando a procissão já foi em direção à Barra.
O grupo de empresários, artistas e familiares bebe, ouve música e conversa enquanto navega pela baía de Todos os Santos.
Após a chegada da imagem à praia da Boa Viagem, a Cherie vai para a praia da Viração, na ilha dos Frades, disputada por donos de lanchas para um banho de mar. "A Moga está em todos os festejos populares da Bahia", diz Andrade, com uma garrafa de champanhe na mão.


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