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PORTUGAL
Este mês, estudantes da universidade vestem as cores das suas faculdades e escancaram o fascínio da cidade
Maio é um mês de festa em Coimbra
EM PORTUGAL
Coimbra é uma referência cultural e histórica milenar para o
país. Ela guarda a memória dos
primeiros reis de Portugal, que
mandaram construir na região
castelos para a defesa do reino.
Apelidada de "Atenas Lusitana", a cidade foi capital de Portugal nos primeiros anos de sua independência.
Hoje, ela transpira música e arte, apesar da geometria dos parques e dos jardins e do rigor das
calçadas portuguesas.
A beleza do rio Mondego, que
banha a cidade, é tema constante
de fados, livros e poemas.
As opções de passeio se multiplicam, porém, vale a pena primeiro procurar um dos três centros de informações turísticas.
Por exemplo, o centro da praça
da República, que fica próximo ao
campus central da Universidade
de Coimbra.
Na Câmara Municipal (no centro da cidade), um serviço de videotexto dá informações históricas e mostra imagens da cidade.
Universidade
O topo de Coimbra, a universidade, com a sua célebre torre,
abriga uma magnífica biblioteca
barroca, que possui mais de 150
mil volumes.
Nos bairros vizinhos, a Sé Velha
(românica) e o Museu Machado
de Castro (largo Dr. João Rodrigues), com criptopórtico romano,
revelam rico patrimônio histórico
e cultural.
Ao percorrer as velhas ruas de
muralhas medievais, arcos e escadinhas, percebe-se a intensa atividade comercial existente por todo
lado, mesmo em áreas afastadas
das avenidas principais.
Além dos vinhos e dos queijos
típicos, pequenas lojas vendem
artesanato em barro preto, tecelagem em linho e peças trabalhadas
em cobre e ferro.
À noite, ouve-se ecoar na região
o fado misturado ao cheiro da cozinha lusitana.
Cidade renasce em maio
Estudar na Universidade de
Coimbra e participar da tradicional celebração estudantil no mês
de maio simbolizam adquirir um
bem bastante precioso.
É neste mês que todos os estudantes da universidade vestem as
cores de suas respectivas faculdades e descem até a cidade, onde é
celebrada a animada Festa da
Queima das Fitas.
Essas festividades salientam traços culturais e explicam o fascínio
de Coimbra.
Uma das mais antigas cidades
universitárias da Europa, Coimbra preserva tradições acadêmicas seculares nas capas negras dos
estudantes, no lírico fado, na agitação das repúblicas e na queima
das fitas -neste mês também
acontece a Festa da Rainha Santa
(rainha dona Isabel de Aragão,
tornada santa).
A universidade foi fundada em
1290 por d. Diniz, mas só foi
transferida definitivamente para
Coimbra em 1537.
Impressiona a altivez do Paço
Real, mas os sinais das riquezas
trazidas do Brasil são marcantes:
as madeiras exóticas e o ouro
atravessaram o oceano para ornar
a biblioteca Joanina.
Origens
Até o século 2º, os celtas habitavam a região. Então chegaram os
romanos e seus traços permaneceram, como o criptopórtico da
"Civitas Aeminum" (nome antigo
da cidade).
Depois, a cidade pertenceu aos
mouros, com o nome de Almedina. A reconquista cristã batizou-a
de Coimbra.
Pela vontade do primeiro rei
português, d. Afonso Henrique,
ergueu-se em 1131 o mosteiro de
Santa Cruz, e a cidade virou berço
de monarcas.
A Sé Velha, sagrada em 1184, é
testemunho ainda hoje do imaginário da arte românica.
Coimbra tem dívida com os
monges beneditinos e de Cister,
que deu à cidade mosteiros e conventos de grande sobriedade,
"onde a luz iluminava paredes
nuas e arcos elevavam as construções a Deus", de acordo com o
que diz uma inscrição dirigida a
turistas.
(JEFFERSON RODRIGUES)
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