|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Brasileiros só faziam direito na cidade até o séc. 19
EM PORTUGAL
Quando o presidente Fernando
Henrique Cardoso se apresentou
solenemente paramentado para
receber diploma da Universidade
de Coimbra, em 1998, repetiu-se
ali uma cena comum aos brasileiros que para lá iam estudar durante o período colonial e parte
do Brasil Império.
O ensino jurídico no país tem
somente 173 anos, já que foi a partir de 11 de agosto de 1827 que se
instalou o primeiro curso na Faculdade de Direito do Largo de
São Francisco, em São Paulo. Depois veio a Faculdade de Olinda.
Antes da Independência, todos
os advogados eram homens e formados, sobretudo, na Universidade de Coimbra.
Atrás da excelência do curso em
Coimbra, havia a intenção da monarquia portuguesa de privar a
sociedade colonial de instituições
de ensino superior, reforçando a
dependência da metrópole. O
conteúdo reafirmava o conceito
de direito português e da supremacia de seu império. A Constituição imperial brasileira de 1824
foi escrita por juristas com formação portuguesa.
A proclamação da Independência teve influência do advogado
José Bonifácio de Andrada e Silva
(1763-1838), santista, formado em
Coimbra. Em 1595, foi editado em
Coimbra o livro de gramática tupi-guarani escrito pelo padre José
de Anchieta (1534-1597).
O poeta e inconfidente Claúdio
Manoel da Costa (1729-1789), tido
como importante personagem da
literatura da época colonial, foi
para Portugal em 1749 e estudou
leis na Universidade de Coimbra.
Texto Anterior: Portugal: Maio é um mês de festa em Coimbra Próximo Texto: Conímbriga atrai pesquisador e turista Índice
|