São Paulo, segunda-feira, 15 de maio de 2000


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PORTUGAL
Seus 50 campos atraem golfistas da Europa ávidos pelo clima ameno; região recebe 2 mi de turistas/ano
Praias com falésia, doces e golfe criam o clima do Algarve

FERNANDA RAVAGNANI
ENVIADA ESPECIAL AO ALGARVE

Depois de pouco mais de meia hora de viagem, o avião proveniente de Lisboa descreve um círculo sobre o oceano Atlântico antes de pousar no aeroporto de Faro, a capital do Algarve. Da janela, vêem-se, além das praias, o branco fosforescente das casas caiadas, o azul das piscinas dos hotéis e o verde dos tapetes de grama dos campos de golfe.
Essa combinação, temperada pelo sol, explica o saguão lotado do aeroporto de Faro. São rostos pálidos e olhos azuis que não combinam com a nossa idéia de portugueses. Simplesmente porque não são portugueses.
Os turistas que lotam o Algarve no verão, no outono e na primavera vêm do norte da Europa, ávidos pelas temperaturas amenas que consideram quentes (em março, quando ainda neva em alguns países, as cidades algarvias registram mínimas de 15C e máximas de 23C, em média).
Desde a inauguração do aeroporto de Faro, no início dos anos 60, o sul de Portugal tornou-se destino certo para quem quer sol e praias bonitas em qualquer época do ano.
E o afluxo não pára de aumentar. Já do avião é possível perceber a profusão de hotéis e apart-hotéis em construção, o que se confirma em terra, ao deixar o aeroporto, a caminho de uma das pequenas cidades-balneários.
O número de pessoas que aterrissam em Faro por ano ultrapassa a casa dos 2 milhões graças, em parte, ao golfe.
Os 50 campos do Algarve são conhecidos na Europa toda, não só por sua qualidade, mas também porque é possível jogar durante todos os meses, já que no sul de Portugal, com exceção do alto das montanhas, não neva nunca.
Se nós, brasileiros, não somos muito adeptos das calças xadrez e dos tacos dos golfistas, o Algarve não deixa de ter atrativos.
As praias, cercadas de falésias e formações rochosas, são muito bonitas, mesmo se comparadas às daqui. A comida é ótima: doces maravilhosos, com muita gema (cheios de colesterol, é verdade), quilos de bacalhau e frutos do mar. A língua é a nossa. O topless é uma prática comum. Ou seja: vale a pena dar uma "esticadinha" até o Algarve.
Fica a cerca de 300 km de Lisboa, pode ser explorado em três ou quatro dias e ainda tem a vantagem de ficar a apenas três horas de carro de outra atração do sul da Europa: a espanhola Sevilha. Um entreposto perfeito.


Fernanda Ravagnani viajou ao Algarve a convite do Club Med e da Varig.


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