São Paulo, quinta-feira, 16 de fevereiro de 2006

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Turismo de massa é vilão para operadores

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

"Você sabe qual é o nosso maior concorrente? A CVC", diz Marcelo Lino de Almeida, da Pisa. Ele não se refere à competição por clientes, mas a algo mais estrutural, que vem comprometendo a criação e a venda de roteiros de ecoturismo.
"Para nós, o lugar não precisa ter uma grande infra-estrutura para virar um destino. Ao contrário. Mas, quando se trata de praia, ele já nasce com vocação para o turismo de massa. Assim, os ecoturistas descobrem o destino, fazem sua fama e, depois, o turismo de massa é que ganha dinheiro com ele. Às vezes, até o destrói", completa Almeida.
Itacaré (BA) é um dos exemplos atuais. "Ele está deixando de ser destino de ecoturismo com o aumento do turismo convencional. Isso muda o perfil do cliente que vai para lá. Não é mais um turista que tem a cara de Itacaré, ou seja, aquele que faz travessia pela mata para chegar às praias", afirma Edgar Werblowsky, da Freeway e membro do TOI (sigla em inglês para Iniciativa de Operadores para o Desenvolvimento do Turismo Sustentável, da ONU).
Contudo a resolução dessa briga de foice não está em poder dos operadores, e sim do destino: "É preciso que eles mesmos decidam para onde vão", diz Werblowsky.


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