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Turismo de massa é vilão para operadores
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
"Você sabe qual é o nosso
maior concorrente? A CVC",
diz Marcelo Lino de Almeida, da Pisa. Ele não se refere
à competição por clientes,
mas a algo mais estrutural,
que vem comprometendo a
criação e a venda de roteiros
de ecoturismo.
"Para nós, o lugar não precisa ter uma grande infra-estrutura para virar um destino. Ao contrário. Mas, quando se trata de praia, ele já
nasce com vocação para o
turismo de massa. Assim, os
ecoturistas descobrem o
destino, fazem sua fama e,
depois, o turismo de massa é
que ganha dinheiro com ele.
Às vezes, até o destrói",
completa Almeida.
Itacaré (BA) é um dos
exemplos atuais. "Ele está
deixando de ser destino de
ecoturismo com o aumento
do turismo convencional. Isso muda o perfil do cliente
que vai para lá. Não é mais
um turista que tem a cara de
Itacaré, ou seja, aquele que
faz travessia pela mata para
chegar às praias", afirma Edgar Werblowsky, da Freeway
e membro do TOI (sigla em
inglês para Iniciativa de
Operadores para o Desenvolvimento do Turismo Sustentável, da ONU).
Contudo a resolução dessa
briga de foice não está em
poder dos operadores, e sim
do destino: "É preciso que
eles mesmos decidam para
onde vão", diz Werblowsky.
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