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Estágios remunerados, "au pair" e cursos de línguas são formas de arrumar emprego fora do país
Trabalho no exterior requer estratégia
HELOISA HELENA LUPINACCI
DA REPORTAGEM LOCAL
Viajar, estudar e trabalhar. Essa
é a trinca ideal para quem, na faixa dos 18 aos 28 anos, investe em
educação e turismo, mas quer obter um retorno financeiro. Aliar
os três não é novidade, mas hoje
há formas mais ou menos seguras
de realizar essa viagem.
Há quem prefira a forma mais
arriscada e se matricule num curso de línguas por algumas semanas e, então, procure um emprego
ilegalmente, arriscando até ser deportado. Há quem opte por uma
alternativa mais segura e viaje
com programa de trabalho remunerado acertado. Nesse caso, há
uma seleção no Brasil. Para mulheres, há o "au pair", em que a
viajante vai ser babá na Europa ou
nos EUA.
Na primeira opção, a pessoa pode esbarrar na questão do visto.
Em países como a Irlanda e a Nova Zelândia, ele é dispensável por
um período, e é possível pegar no
batente por três meses.
Segundo Alfredo Spínola, diretor da Wind, esse é um dos motivos pelos quais a Irlanda é um
destino em que "se paga a vaca
com o leite", ou seja, o viajante ganha no país o dinheiro que gastou
para chegar lá.
Dinamarca, Alemanha, Holanda, Bélgica, Luxemburgo, Áustria,
Itália, Grécia, França, Espanha,
Portugal, Finlândia, Islândia, Noruega e Suécia são outros países
que permitem ao viajante trabalhar por três meses. Depois, é preciso ter vistos específicos de estudo ou de trabalho.
Quem sai do Brasil com um
programa de trabalho remunerado, ao contrário do que se pensa,
não tem garantia de emprego. Isso consta nos contratos e pode,
em raros casos, gerar confusão.
Em janeiro, alguns brasileiros foram trabalhar em uma estação de
esqui no Estado de Wisconsin
(EUA) e deram de cara com placas de "não há vagas". Causa: a recessão e o atraso da neve.
Eduardo Camargo, presidente
da Belta, aconselha: "Leia o contrato com atenção. Não crie falsas
imagens", que, no caso, são as financeiras. A média de salário é de
US$ 5 a US$ 40 por hora. Em alguns programas, além da passagem, paga-se o agenciamento. O
viajante conta com o salário de
US$ 40 por hora, mas pode se desiludir ao ganhar menos.
No entanto, há várias experiências bem-sucedidas nessa área.
Uma delas é o programa de estágios na Disney oferecido pela STB
. São três meses na
empresa. Outra experiência de
sucesso é o programa de estágios
no Six Flags (parque de montanhas-russas), oferecido pela Experimento. Hoje, há 50 estudantes
brasileiros trabalhando lá.
O "au pair" é um programa que,
por enquanto, funciona mais nos
EUA. Paga-se US$ 250 para passar um ano como babá nesse país
recebendo US$ 135 por semana,
mais uma bolsa de estudos de
US$ 500 por mês.
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