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São Paulo, segunda-feira, 16 de junho de 2003

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Estágios remunerados, "au pair" e cursos de línguas são formas de arrumar emprego fora do país

Trabalho no exterior requer estratégia

HELOISA HELENA LUPINACCI

DA REPORTAGEM LOCAL

Viajar, estudar e trabalhar. Essa é a trinca ideal para quem, na faixa dos 18 aos 28 anos, investe em educação e turismo, mas quer obter um retorno financeiro. Aliar os três não é novidade, mas hoje há formas mais ou menos seguras de realizar essa viagem.
Há quem prefira a forma mais arriscada e se matricule num curso de línguas por algumas semanas e, então, procure um emprego ilegalmente, arriscando até ser deportado. Há quem opte por uma alternativa mais segura e viaje com programa de trabalho remunerado acertado. Nesse caso, há uma seleção no Brasil. Para mulheres, há o "au pair", em que a viajante vai ser babá na Europa ou nos EUA.
Na primeira opção, a pessoa pode esbarrar na questão do visto. Em países como a Irlanda e a Nova Zelândia, ele é dispensável por um período, e é possível pegar no batente por três meses.
Segundo Alfredo Spínola, diretor da Wind, esse é um dos motivos pelos quais a Irlanda é um destino em que "se paga a vaca com o leite", ou seja, o viajante ganha no país o dinheiro que gastou para chegar lá.
Dinamarca, Alemanha, Holanda, Bélgica, Luxemburgo, Áustria, Itália, Grécia, França, Espanha, Portugal, Finlândia, Islândia, Noruega e Suécia são outros países que permitem ao viajante trabalhar por três meses. Depois, é preciso ter vistos específicos de estudo ou de trabalho.
Quem sai do Brasil com um programa de trabalho remunerado, ao contrário do que se pensa, não tem garantia de emprego. Isso consta nos contratos e pode, em raros casos, gerar confusão. Em janeiro, alguns brasileiros foram trabalhar em uma estação de esqui no Estado de Wisconsin (EUA) e deram de cara com placas de "não há vagas". Causa: a recessão e o atraso da neve.
Eduardo Camargo, presidente da Belta, aconselha: "Leia o contrato com atenção. Não crie falsas imagens", que, no caso, são as financeiras. A média de salário é de US$ 5 a US$ 40 por hora. Em alguns programas, além da passagem, paga-se o agenciamento. O viajante conta com o salário de US$ 40 por hora, mas pode se desiludir ao ganhar menos.
No entanto, há várias experiências bem-sucedidas nessa área. Uma delas é o programa de estágios na Disney oferecido pela STB . São três meses na empresa. Outra experiência de sucesso é o programa de estágios no Six Flags (parque de montanhas-russas), oferecido pela Experimento. Hoje, há 50 estudantes brasileiros trabalhando lá.
O "au pair" é um programa que, por enquanto, funciona mais nos EUA. Paga-se US$ 250 para passar um ano como babá nesse país recebendo US$ 135 por semana, mais uma bolsa de estudos de US$ 500 por mês.



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