São Paulo, quinta-feira, 17 de fevereiro de 2005

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2 X TEXAS

Ápice é museu no prédio do qual vieram os tiros, local foi reconstituído à semelhança da época

Tour mostra epicentro da tragédia

DO ENVIADO A DALLAS

Em 22 de novembro de 1993, exatamente 30 anos após o assassinato do presidente John F. Kennedy, a praça Dealey e seus arredores passaram a ser considerados marco histórico nacional pelo governo norte-americano. A classificação é dada a lugares nos quais ocorreram eventos que alteraram o curso da história do país.
Na praça, concentra-se o tour Kennedy. Ao identificar turistas, dois homens oferecem publicações especiais sobre o assassinato. São jornais comemorativos do aniversário de 40 anos do fato ou que explicam as teorias da conspiração. Custam US$ 5 (R$ 13) cada um ou US$ 8 (R$ 21) dois deles.
Aqui também é ponto para tirar fotos da janela de onde vieram os tiros e de checar onde estava a limusine naqueles instantes fatais.

O museu
Lee Harvey Oswald atirou de uma janela no sexto andar do prédio em que funcionava o Depósito de Livros Escolares do Texas. Hoje o local é sede para o The Sixth Floor Museum (www.jfk.org), que recebe quase meio milhão de pessoas por ano.
Da praça, atravessa-se a rua Elm -na qual o presidente foi alvejado- e se está quase na entrada do museu. Aqui é o ponto alto do passeio. O ingresso custa US$ 10 (R$ 26). Por mais US$ 3 (R$ 8), pode-se escolher um áudio-guia em sete línguas, inclusive em português. A narração do original em inglês é de Pierce Allman, o primeiro jornalista a entrar no prédio no dia do assassinato.
No sexto andar, onde propriamente fica o museu (a entrada e a loja de suvenires são no térreo), há uma exposição audiovisual permanente na qual o visitante é informado sobre o contexto dos anos 1960, sobre o que representa a Presidência da República nos EUA, sobre os motivos da viagem de Kennedy ao Texas e sobre as investigações e as conseqüências do assassinato.
Mas a grande atração é mesmo a janela de onde Oswald atirou. Ela, que era a última antes do canto, foi retirada da parede e fica exposta no meio do salão. Em seu lugar, foi colocada uma réplica.
Todo o canto -onde ficavam as caixas de livros que Oswald usou para se camuflar e se apoiar- foi reconstituído como estava no dia do crime. Os turistas, no entanto, não podem pisar ali. O local está isolado por uma parede de vidro.
Na primeira janela após a parede de vidro, a que ficava ao lado da qual Oswald atirou, é possível ter uma ótima visão da praça Dealey e da rua Elm. Com um rifle de mira telescópica, como o usado por Oswald, parece difícil errar um alvo dali.

O memorial
O final mais lógico do passeio é o memorial em homenagem ao presidente, em uma praça na esquina da rua Main com a Market. Foi projetado por Philip Johnson, arquiteto amigo da família Kennedy, e construído entre 1969 e 1970 com dinheiro de doações.
Trata-se de uma escultura com uma tumba vazia no centro. É comum encontrar flores no local.

Teorias da conspiração
Cerca de 80% dos americanos duvidam da tese do atirador solitário no assassinato de Kennedy. Então, não poderia faltar em Dallas um museu dedicado às teorias da conspiração (rua Market, 110; tel.: 00/xx/1/214/741-3040).
A família Kennedy é o assunto principal. Além do presidente, seu irmão Robert, então senador e provável candidato à Presidência, também foi assassinado, em 1968.
As teorias da conspiração incluem até uma mirabolante empreitada direitista com a participação da CIA para eliminar o presidente e seu irmão, ambos democratas e liberais. (LUÍS SOUZA)


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