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Em passeio pelo centro, palavra de ordem é "embrenhar-se"
DA ENVIADA ESPECIAL A MANAUS
Se a cautela é a regra para as
incursões pela selva, a palavra
de ordem para quem passeia
pelo centro de Manaus é embrenhar-se, especialmente em
multidões.
Num sábado a tarde, descer a
avenida Eduardo Ribeiro desde
o teatro Amazonas até a praça
da Matriz significa adentrar
uma corrente de pessoas atraídas pelo comércio. E ali vende-se de tudo, de frutas frescas a
roupas de festa, num burburinho digno da 25 de Março.
No entorno da igreja Matriz,
camelôs oferecem maquiagem,
tênis, roupas variadas e uma infinidade de eletrônicos.
Os grupinhos de turistas definitivamente se destacam na
multidão, mas não chegam a
ser assediados. Um camelô segurando uma camiseta do grupo de rap paulistano Racionais
MC grita "Aê, Manaus" ao ver
um deles passar. E só.
Dali, siga até o conjunto arquitetônico da Alfândega, de
1906, fabricado na Inglaterra.
Na praça em frente, finalmente
aparecem barracas de artesanato amazonense. As redes
saem a partir de R$ 30. Já o preço dos suvenires depende do
poder de barganha do turista.
A conclusão natural de um
passeio pelo centro de Manaus
seria uma boa espiada no mercado municipal Adolpho Lisboa, outra construção histórica
da época do ciclo da borracha.
Mas o prédio foi desocupado
para reformas em dezembro de
2006 e segue fechado desde então -o que é uma pena num local com produtos naturais tão
distintos e peixes tão impressionantes quanto o pirarucu,
que pode chegar a três metros
de comprimento e 250 kg.
(MARINA DELLA VALLE)
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