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Doçaria da família Romanengo produz balas aromatizadas, chocolates e compotas artesanais há 223 anos
Cheiro de bolo em fábrica desperta visitante
DO ENVIADO ESPECIAL À LIGÚRIA
A lembrança é frutífera. Ir à fábrica de doces fundada pela família Romanengo (www.romanengo.com), em 1780, é como visitar um museu, mas engorda.
Escondida atrás do hotel Astoria, na praça Brignole, no beco
viale Mojon, 1, a empresa faz chocolates, balas de açúcar aromatizadas e frutas cristalizadas segundo métodos tradicionais (quem se
hospeda no hotel não raro acorda
com o cheiro de bolo).
A visita tem que ser agendada,
pois a fábrica é, na verdade, uma
enorme e atarefada cozinha.
A entrada é gratuita nesse mundo recôndito, onde confeiteiros
experientes mexem compotas,
processam artesanalmente o cacau e misturam geléias e frutas
cristalizadas usando ingredientes
como magia e tradição.
Na chefia da empresa, a doce
dona Didda, codinome de Delfina
Romanengo, distribuiu um livrinho mostrando alguns dos segredos da família -segredos que se
traduzem em forma de bombons,
de fondants e de ovos de Páscoa.
Desde que seu tataravô Pietro
Romanengo abriu o negócio, há
223 anos, pouca coisa mudou.
O músico milanês Giuseppe
Verdi, freguês do ancestral de dona Didda, deixou registrado lá um
bilhete, em 1881, elogiando as habilidades do confeiteiro em
"transformar cada tipo de fruta
num doce tão especial".
Além da fábrica Pietro Romanengo fu Stefano, ela mantém
duas doçarias, uma na via Soziglia, 74, outra na via Roma, 51.
Nas lojas, as vitrines têm de tudo um pouco: vidros de geléia, canestrellos de massa recheados
passados na calda de açúcar e
confeitos de marzipan que mimetizam as formas mais diversas. É
de comer com os olhos.
(SC)
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