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São Paulo, segunda-feira, 20 de outubro de 2003

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Doçaria da família Romanengo produz balas aromatizadas, chocolates e compotas artesanais há 223 anos

Cheiro de bolo em fábrica desperta visitante

DO ENVIADO ESPECIAL À LIGÚRIA

A lembrança é frutífera. Ir à fábrica de doces fundada pela família Romanengo (www.romanengo.com), em 1780, é como visitar um museu, mas engorda.
Escondida atrás do hotel Astoria, na praça Brignole, no beco viale Mojon, 1, a empresa faz chocolates, balas de açúcar aromatizadas e frutas cristalizadas segundo métodos tradicionais (quem se hospeda no hotel não raro acorda com o cheiro de bolo).
A visita tem que ser agendada, pois a fábrica é, na verdade, uma enorme e atarefada cozinha.
A entrada é gratuita nesse mundo recôndito, onde confeiteiros experientes mexem compotas, processam artesanalmente o cacau e misturam geléias e frutas cristalizadas usando ingredientes como magia e tradição.
Na chefia da empresa, a doce dona Didda, codinome de Delfina Romanengo, distribuiu um livrinho mostrando alguns dos segredos da família -segredos que se traduzem em forma de bombons, de fondants e de ovos de Páscoa.
Desde que seu tataravô Pietro Romanengo abriu o negócio, há 223 anos, pouca coisa mudou.
O músico milanês Giuseppe Verdi, freguês do ancestral de dona Didda, deixou registrado lá um bilhete, em 1881, elogiando as habilidades do confeiteiro em "transformar cada tipo de fruta num doce tão especial".
Além da fábrica Pietro Romanengo fu Stefano, ela mantém duas doçarias, uma na via Soziglia, 74, outra na via Roma, 51.
Nas lojas, as vitrines têm de tudo um pouco: vidros de geléia, canestrellos de massa recheados passados na calda de açúcar e confeitos de marzipan que mimetizam as formas mais diversas. É de comer com os olhos. (SC)


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