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Em Gênova, pasta al pesto é onipresente
DO ENVIADO ESPECIAL
O bom senso diz que os mercados são onde as cidades exibem
hábitos e costumes. A regra vale
para o Mercado Municipal de São
Paulo, para o La Boqueria de Barcelona, para o mercado Egípcio
de Istambul e para Gênova, onde
a profusão de frutas, fungos, ervas
e pescados denuncia que ali se
perpetra uma culinária característica: robusta e substantiva.
Assim, a mesma Gênova que foi
sede da cúpula do G8 (grupo que
reúne os países mais ricos do
mundo e a Rússia), em julho de
2001, faz questão de se dizer "no-global", avessa à internacionalização, quando o assunto é boa mesa. Esse é o lema do Gênova Gourmet 2003 (www.lig.camcom.it/
genova), evento enogastronômico que, em curso até 30 de novembro, deve aclamar o restaurante
vencedor no início de dezembro.
Mas o festival que escolhe o chef
merecedor do "Oscar do Garfo"
ocorre à genovesa -severo e discreto, com os juízes visitando incognitamente restaurantes que
"se empenham em utilizar produtos específicos da Ligúria".
Por isso, é até ocioso indicar restaurantes -é difícil não comer
bem na cidade onde a massa ao
pesto (macerado de manjericão,
queijo de cabra, pinólis e óleo extravirgem) é tão onipresente
quanto os frutos do mar.
Como curiosidade, vale mencionar o moderninho Squarciafico, na piazza Invrea, 3 (tel. local:
247-0823), ao lado de San Lorenzo. Lá, rabiscos de Renzo Piano
viraram um quadro.
(SC)
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