|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Castelo medieval, cozinha que vai do sutil ao vigoroso e ritmo desacelerado despertam paixão no visitante
Rota do Sol poente conduz a Dolceacqua
DO ENVIADO ESPECIAL À LIGÚRIA
No vale do Nervia, Dolceacqua
faz jus ao nome, com seu castelo
medieval mirando o rio muito
limpo e os restaurantes ensolarados, que servem o vinho rosado
escuro Rossese para acompanhar
entradas sutis, como a flor de abóbora recheada com vegetais ou o
vigoroso coelho de panela, guarnecido de azeitonas bem pretas.
Destruído por batalhas e por
um terremoto, em 1887, o castelo,
que remonta ao século 12, hoje
abriga apartamentos modernos.
Edificado por Stefano e Giulio
Doria, ancestrais de Andrea Doria
(1466-1560), o doge que conduziu
Gênova ao apogeu, foi lavrado na
rocha numa encosta pedregosa e
imponente do feudo da família.
Além do castelo, Dolceacqua
tem uma ponte característica, um
arco de 33 m que, ao cruzar o rio
Nervia, liga o núcleo antigo, chamado Terra, ao bairro Borgo.
Em 20 de janeiro, a cidade pára
para ver a procissão de São Sebastião passar. Nos outros dias, de
tão pacata, Dolceacqua, local ideal
para namorar ou descansar, pára
também. A boa idéia é pernoitar
ali quando se viaja de carro de Gênova rumo à Riviera Francesa, ou
vice-versa.
Indo da Itália à França, a caminho do poente, tomando o rumo
oeste pela antiga via Aurélia, passa-se por San Remo (veja texto
abaixo) e por Bordighera, balneários refinados, até pegar a estradinha, de duas dezenas de quilômetros, que conduz a Dolceacqua,
no interior. É impossível não se
apaixonar.
(SILVIO CIOFFI)
Texto Anterior: Iates rondam Portofino, hoje invadida pelo turismo Próximo Texto: San Remo ostenta eterno clima de primavera à beira-mar Índice
|