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São Paulo, segunda-feira, 20 de outubro de 2003

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Castelo medieval, cozinha que vai do sutil ao vigoroso e ritmo desacelerado despertam paixão no visitante

Rota do Sol poente conduz a Dolceacqua

DO ENVIADO ESPECIAL À LIGÚRIA

No vale do Nervia, Dolceacqua faz jus ao nome, com seu castelo medieval mirando o rio muito limpo e os restaurantes ensolarados, que servem o vinho rosado escuro Rossese para acompanhar entradas sutis, como a flor de abóbora recheada com vegetais ou o vigoroso coelho de panela, guarnecido de azeitonas bem pretas.
Destruído por batalhas e por um terremoto, em 1887, o castelo, que remonta ao século 12, hoje abriga apartamentos modernos.
Edificado por Stefano e Giulio Doria, ancestrais de Andrea Doria (1466-1560), o doge que conduziu Gênova ao apogeu, foi lavrado na rocha numa encosta pedregosa e imponente do feudo da família.
Além do castelo, Dolceacqua tem uma ponte característica, um arco de 33 m que, ao cruzar o rio Nervia, liga o núcleo antigo, chamado Terra, ao bairro Borgo.
Em 20 de janeiro, a cidade pára para ver a procissão de São Sebastião passar. Nos outros dias, de tão pacata, Dolceacqua, local ideal para namorar ou descansar, pára também. A boa idéia é pernoitar ali quando se viaja de carro de Gênova rumo à Riviera Francesa, ou vice-versa.
Indo da Itália à França, a caminho do poente, tomando o rumo oeste pela antiga via Aurélia, passa-se por San Remo (veja texto abaixo) e por Bordighera, balneários refinados, até pegar a estradinha, de duas dezenas de quilômetros, que conduz a Dolceacqua, no interior. É impossível não se apaixonar. (SILVIO CIOFFI)


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