São Paulo, segunda-feira, 21 de maio de 2001

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Palma de Mallorca não é só dos alemães

DO ENVIADO ESPECIAL

Os turistas acreditam que Palma de Mallorca, no arquipélago das Baleares, é uma ilha ocupada pelos interesses imobiliários alemães, algo como 500 barcos e iates na marina, naturalmente de propriedade de alemães, e ainda cheia de turistas alemães nos bairros junto às praias em que só se fala alemão. É verdade. Mas não é toda a verdade.
Essas terras espanholas no Mediterrâneo, próximas às costas catalãs, trazem os vestígios de sua longa e rica história, com a dominação muçulmana que as vinculou ao califado de Córdoba (séculos 8º ao 13), sua efêmera independência como reino e sua final anexação à coroa de Aragão.
A catedral é um rico exemplo dessas reviravoltas. Construída com base na antiga mesquita, tornou-se a partir do século 14 uma das jóias menos conhecidas do gótico espanhol, com seus 7.000 m2 e com sua nave central apoiada sobre 14 colunas de 44 metros de altura.
Bem ao lado, está o palácio de Almudaina, fortaleza durante o período mouro e em seguida palácio real. Em seu pátio interno está a capela de Santana (século 14) e ao seu redor, o Parc del Mar, onde se concentra boa parte das atividades culturais ao ar livre.
Palma era protegida por uma muralha, a de São Pedro, da qual há ainda bem-conservados vestígios, com suas casamatas minúsculas e elegantes e suas pedras de um marrom muito claro. Como no Golfo Pérsico e no Japão, Palma de Mallorca cultiva ostras para a produção de pérolas. (JBN)



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