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Palma de Mallorca não é só dos alemães
DO ENVIADO ESPECIAL
Os turistas acreditam que Palma de Mallorca, no arquipélago
das Baleares, é uma ilha ocupada
pelos interesses imobiliários alemães, algo como 500 barcos e iates na marina, naturalmente de
propriedade de alemães, e ainda
cheia de turistas alemães nos bairros junto às praias em que só se fala alemão. É verdade. Mas não é
toda a verdade.
Essas terras espanholas no Mediterrâneo, próximas às costas catalãs, trazem os vestígios de sua
longa e rica história, com a dominação muçulmana que as vinculou ao califado de Córdoba (séculos 8º ao 13), sua efêmera independência como reino e sua final
anexação à coroa de Aragão.
A catedral é um rico exemplo
dessas reviravoltas. Construída
com base na antiga mesquita, tornou-se a partir do século 14 uma
das jóias menos conhecidas do
gótico espanhol, com seus 7.000
m2 e com sua nave central apoiada
sobre 14 colunas de 44 metros de
altura.
Bem ao lado, está o palácio de
Almudaina, fortaleza durante o
período mouro e em seguida palácio real. Em seu pátio interno está a capela de Santana (século 14)
e ao seu redor, o Parc del Mar, onde se concentra boa parte das atividades culturais ao ar livre.
Palma era protegida por uma
muralha, a de São Pedro, da qual
há ainda bem-conservados vestígios, com suas casamatas minúsculas e elegantes e suas pedras de
um marrom muito claro. Como
no Golfo Pérsico e no Japão, Palma de Mallorca cultiva ostras para a produção de pérolas.
(JBN)
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