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VERÃO SICILIANO
Teatro grego, talhado em rocha calcária, era usado para encenações das peças de Ésquilo e assembléias
Siracusa exibe cultura greco-romana
da enviada especial à Sicília
Siracusa, construída na brancura
da pedra calcária, é a cidade de um
sábio e de uma donzela.
O sábio é Arquimedes (287 a.C.-212 a.C), o matemático a quem é
atribuída a invenção da alavanca.
A donzela é Aretusa, que se transformou em água para fugir de um
amor indesejado.
Segundo a lenda, a deusa grega
Ártemis transformou Aretusa numa fonte que começou na Grécia,
atravessou o mar e chegou à ilha de
Ortígia -uma ilhota ligada a Siracusa. Até hoje, a fonte de Aretusa é
um dos pontos turísticos da cidade, e aretusa era o nome de uma
antiga moeda local.
Os registros mais confiáveis indicam que Siracusa foi fundada em
734 a.C. pelos gregos. A cidade fica
fora da Província de Catânia, mas a
viagem de carro até lá dura menos
de uma hora e meia.
Em Siracusa, uma das principais
atrações é o parque arqueológico,
com ruínas de construções gregas
e romanas. A principal delas é o
teatro grego, usado na Antiguidade tanto para encenações de tragédias de Ésquilo como para a realização de assembléias populares.
Toda a estrutura do teatro foi totalmente escavada na rocha calcária. Por trás do teatro, fica uma espécie de caverna chamada de
"Orelha de Dionísio", em homenagem ao mitológico deus da dança e
do vinho.
A caverna é um amplificador natural. Uma lenda diz que ela servia
para que um tirano governante do
lugar pudesse ouvir as conversas
das pessoas detidas nas galerias,
usadas como prisão.
Servia também como um local de
amplificação acústica para as apresentações teatrais.
Caminhando pela cidade de Siracusa e chegando à ilha de Ortígia, o
programa é passear sem rumo: observar a fonte de Aretusa, flanar
pela orla e tomar sorvete de todos
os sabores.
Na fonte, crescem papiros -a
planta usada na Antiguidade para
a produção de papel. Perto da fonte, uma fábrica de papiro recebe
grupos de turistas interessados em
conhecer o processo de fabricação.
Ainda na ilha de Ortígia, a catedral (Duomo) é um exemplo da
coexistência de estilos arquitetônicos. As colunas principais são dóricas, remanescentes de um templo grego do século 5º a.C.
O templo foi transformado pelos
bizantinos em uma igreja cristã e
ganhou novas colunas e arcos; depois, foi coberto de mosaicos pelos
normandos. Os terremotos de
1545 e 1693 destruíram parte da fachada, reconstruída em estilo barroco.
(FE)
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