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TUBO DE ENSAIO
Em seus 178 mil m2, complexo reúne estufa com plantas nacionais, bosque com mata nativa e museu
Jardim Botânico preserva verde à européia
do enviado especial a Curitiba
Se há um lugar que enche de orgulho os curitibanos e aproxima a
cidade da estética européia, é ele o
Jardim Botânico.
Lotado nos finais de semana, o
jardim foi fundado em 5 de outubro de 1991 e ocupa uma área de
178 mil m2.
Na entrada, chamam a atenção
os gramados meticulosamente
aparados, o jardim geométrico e
várias fontes. Esse é o caminho
suave que leva até a estufa com diversas espécies vegetais brasileiras.
Desta vez pertinente -diferentemente da Ópera de Arame-, a
estrutura de ferro e vidro ajuda a
conservar as plantas.
O acervo vegetal pode ser visto
ao nível do chão ou do alto de uma
marquise com cerca de quatro metros de altura.
Para ir à marquise, o visitante
enfrenta uma estreita escada em
forma de caracol. E as pessoas
equilibram máquinas fotográficas
e passam a uma distância quase
obscena umas das outras.
Árvores, plantas rasteiras e flores
dão uma sensação de paz rapidamente interrompida pelo burburinho de adolescentes tentando
acertar cusparadas num busto no
andar inferior e pelos berros de
guias reunindo grupos de turistas.
Ao sair da estufa, um bosque nos
fundos convida a uma caminhada
em meio à mata nativa da região.
Por fim, o Jardim Botânico abriga o Museu Botânico, com espaços
para exposições, pesquisas, auditório e biblioteca. Mas boa parte
dos visitantes está excluída do prazer de apreciar o museu, que insiste em manter as portas fechadas
nos finais de semana.
Mata
E, se o seu negócio é verde, uma
visita à Universidade Livre do
Meio Ambiente pode ser um programa interessante.
Inaugurado em 15 de junho de
1992, o prédio principal da universidade tem o mérito de quebrar a
ditadura do ferro e vidro das obras
públicas curitibanas.
No lugar desses materiais entram os troncos de eucaliptos, usados no bloco central do prédio e
nas rampas que o circundam.
Procure fazer desse um de seus
primeiros passeios do dia. Depois
de bater muita perna, a bela vista
do alto é insuficiente para derrotar
a preguiça de escalar as rampas.
Para quem ficou em terra, o espaço reserva um lago, passarelas e
os 37 mil m2 de mata nativa do
bosque Zaninelli.
(EDSON FRANCO)
Jardim Botânico: av. Centenário, bairro
Capanema
Universidade Livre do Meio Ambiente:
r. Vitor Benato, Pilarzinho
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