Em prédios peculiares, acervos ensinam sobre a vida nos extremos e contam as histórias de expedições

Renato Pinheiro

Prédio do museu Polaris, que lembra peças de dominós caídas umas sobre as outras

Além de servir como portão de entrada do Ártico e como portinhola para diversos outros destinos nos arredores, a cidade de Tromso reúne algumas motivações para fazer com que os visitantes passeiem alguns dias por suas ruas. É o caso do Museu da Universidade de Tromso, que guarda um rico acervo sobre a vida e a história da região. Ou do Polaria, um centro dedicado a transmitir a experiência polar, com um impressionante projeto arquitetônico que lembra peças de dominó ou blocos de gelo caídos uns sobre os outros.
Uma das melhores coisas do Polaria é a exibição, em tela panorâmica, do vídeo "Svalbard, o Ártico Selvagem", sobre a vida no arquipélago norueguês mais próximo do pólo Norte. Uma seqüência de imagens realmente impressionante. Ainda no campo dos museus, não se pode deixar de visitar o pequeno e pitoresco Museu Polar (www.polarmuseum.no), em um antigo armazém do porto, um prédio de 1837, típico exemplar da arquitetura portuária do norte da Noruega.
O museu é dedicado às grandes investigações e expedições polares, às formas de sobrevivência e ao sustento do homem naquelas regiões. Um andar inteiro é dedicado ao grande explorador polar Roald Amundsen (1872-1928), o primeiro homem a chegar ao pólo Sul, lá fincando a bandeira da Noruega em 1911.
Amundsen é mito, herói e orgulho dos noruegueses. Ele desapareceu no mar depois de deixar Tromso, em um hidroavião, para resgatar um aviador que estava à deriva no Ártico, também em um pequeno hidroavião, e tivera uma pane no motor. O aviador acabou sendo resgatado, mas Amundsen nunca foi encontrado.
(RENATO PINHEIRO)