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NATAL PRESENTE
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Fenômeno, também chamado de luzes do norte, é dança hipnótica luminosa que dura poucos minutos
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,
NA NORUEGA
A aurora boreal, o fenômeno
físico que, no outono e no inverno, ilumina e embeleza as
noites escuras e frias do extremo norte do planeta, ocorre
com mais freqüência em Tromso, região no norte da Noruega.
As estradas e paisagens são
belíssimas, e a expectativa de
presenciar as luzes do norte é
grande. Noite fria, escura e sem
nuvens sinalizam condições
ideais para ver a aurora boreal.
A vigília começa às 21h e segue
até as 2h. Do lado de fora, termômetros acusam 10C negativos. Depois de esperar, resta
dormir sem ver as tais luzes.
A paisagem do norte da Noruega é diferente daquela da Finlândia. Os lagos e as florestas
de pinheiros cedem lugar às
montanhas e aos primeiros
braços de mar do oceano Ártico. A proximidade do mar aumenta a temperatura. Em
Tromso, no início da tarde, os
termômetros marcam 2C negativos. Mas nada de acontecer
a aurora boreal.
Quando tudo parece que é só
passar frio, eis que surge, à janela do quarto do hotel, uma
enorme, larga e brilhante faixa
verde iluminando o céu, mudando de formato e posição
continuamente. Por uns momentos, fica mais larga, depois
mais estreita, outra vez se alarga, fica mais brilhante, menos
brilhante e de repente vai sumindo, sumindo e some.
Uma verdadeira dança hipnótica de luzes que não dura
mais de dez minutos: a aurora
boreal. Dez minutos deslumbrantes, que valem toda a ansiedade acumulada.
(RENATO PINHEIRO)
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