|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Madri e Barcelona rivalizam
em agitação
do enviado especial
Uma velha disputa com Barcelona ofusca o brilho de Madri. Apesar de não ser tão charmosa, Madri
rivaliza em agitação e atrações culturais. Com 3 milhões de habitantes, a cidade leva a fama de ter a
noite mais animada da Europa. De
dia, há atrações como o "Triângulo
Dourado", três museus com um
dos melhores acervos do mundo.
A Madri do final dos anos 90 é
embalada pelo movimento cultural conhecido como "la movida",
que tem gerado novos cineastas,
escritores e arquitetos.
O clima de renovação é notável
na paisagem. Construções históricas dos séculos 16, 17 e 18 ganharam uma iluminação que lhes dá
um ar imponente. No Paseo da
Castellana, novos prédios de escritórios mostram o dinamismo da
economia espanhola.
O centro histórico continua sendo o maior foco de agitação. Com
prédios antigos, de tijolos vermelhos e telhados cinza, praças com
monumentos grandiosos e ruas estreitas e tortas, o centro reúne algumas das principais atrações.
A imponente Plaza Mayor, do século 17, presenciou importantes
momentos da história. Das sacadas de seus prédios, de três andares, os madrilenos assistiram a
touradas, casamentos de reis e execuções da época da Inquisição.
Uma caminhada pelas ruas do
bairro revela belas construções,
como a medieval Plaza de la Villa,
onde fica a Torre de los Lujanes. A
Puerta del Sol, do século 17, é o
centro geográfico e nervoso de
Madri. De dia e de noite, há uma
multidão circulando pelas lojas e
pelos cafés das imediações.
Os velhos prédios da Madri antiga são um ponto badalado, onde
moram artistas e intelectuais ricos.
Especialmente perto do Palácio
Real, residência da família real até
1931. Hoje, a luxuosa construção,
do século 18, está aberta ao público
três vezes por semana, quando não
dá lugar a eventos oficiais.
Atrações como essa estão dispersas por Madri. O trânsito intenso e,
muitas vezes, o ar de metrópole
moderna escondem alguns dos
pontos mais interessantes da capital espanhola. Para quem gosta de
arte e tem pouco tempo, Madri é
cruel. Visitar o museu do Prado, o
Reina Sofia e o Thyssen-Bornemisza é tarefa para vários dias.
Esses museus guardam obras de
arte de todo o mundo, mas são especialmente generosos com os artistas espanhóis, como Velázquez,
Goya, Dalí e Picasso. Este ano, a cidade deve contar com vários eventos para comemorar os 400 anos de
nascimento de Velázquez.
Nas imediações de Madri, também há excesso de ofertas para
quem gosta de história e de arte.
Além da medieval Toledo, existe o
El Escorial. Sua construção começou em 1563, como pagamento de
promessa do religiosíssimo rei Felipe 2º, após vitória em batalha
contra os franceses.
O lugar serviu como mosteiro e
palácio real, abriga obras de arte,
uma basílica e o impressionante
panteão real, onde estão as tumbas
de praticamente todos os sucessores de Felipe 2º.
(RG)
Texto Anterior: Ruas da capital lotam até de madrugada Próximo Texto: Granada mescla culturas árabe e cristã Índice
|