São Paulo, segunda, 22 de junho de 1998

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É VERÃO
Capital enfrenta a globalização
Roma muda, mas continua a mesma

Silvio Cioffi/Folha Imagem
Vista noturna da escadaria de 137 degruas da Piazza di Spagna, com a igreja de Trinità dei Monti ao fundo


do enviado especial à Itália

Sagrada, mundana, barroca, renascentista, fascista, Roma já passou dos 2.700 anos de história.
Capital da Itália unificada desde 1870, a cidade, para onde todas as estradas convergiam, tem hoje, em tempos de mundo globalizado, cerca de 3 milhões de habitantes -e uma horda de visitantes.
Metrópole das mais cênicas, Roma foi uma Hollywood européia nos anos 50 e 60, época em que Fellini realizou "A Doce Vida".
Para o turista aprendiz, a capital italiana até parece um labirinto de monumentos cercado, por todos os lados, de trânsito caótico.
Mas a cidade cujo nome, lido do avesso, se transforma em amor, tem segredos a serem desvelados aos poucos, em muitas viagens.
Das escadarias da Piazza di Spagna aos recantos anônimos, Roma é Roma Antiga, nas ruínas do Fórum, e contemporânea, nas lojas de grife da Via Condotti, onde objetos com as marcas Bulgari, Gucci, Salvatore Ferragamo e Valentino valem milhões de liras.
Nesse fim de século, até o Caffé Greco, que funciona desde 1760 no número 86 da Via Condotti, virou fashion. Na Via Del Corso, outra rua comercial, uma mulher encarquilhada, dessas que não usam celular, vende azeitonas e tremoços.
Tudo muda e nada muda na doce e eterna Roma. ( SILVIO CIOFFI)



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