|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
MENTES DE MINAS
Casa onde a ex-escrava morou é uma das edificações da época do garimpo do ouro que o local mantém
Xica da Silva também é lembrada na cidade
FREE-LANCE PARA A FOLHA
O centro histórico de Diamantina conserva o calçamento de pedras largas de 1940, substituto do
estilo pé-de-moleque (de pedras
redondas), e casarios coloniais.
Diamantina, antigo Arraial do
Tijuco, tem sua história ligada ao
garimpo do ouro e do diamante
no início do século 18. Com seus
atuais 43 mil habitantes, ganhou
status de cidade apenas em 1838.
Diamantina ainda preserva as
construções históricas daquela
época. A Casa da Glória (r. da Glória, 298, aberta de ter. a dom., das
13h às 18h; ingresso: R$ 1), composta por duas edificações dos séculos 18 e 19, tem um passadiço
(espécie de ponte) fechado com
treliças, para esconder dos homens que estavam nas ruas as internas que estudavam no local,
onde funcionava o Instituto de
Geologia Eschwege.
Diamantina também foi berço
da escrava Xica da Silva, que teve
uma grande fortuna e foi amante
do contratador de diamantes João
Fernandes de Oliveira Filho, com
quem teve 13 filhos. Na casa onde
moraram funciona o museu Casa
da Xica da Silva (pça. Lobo de
Mesquita, 266, aberto de ter. a
sáb., das 12h às 17h30; dom., das
8h às 12h; ingresso: R$ 1).
Outro ponto histórico é o Mercado Municipal, de 1835, ex-abrigo de tropeiros, atual sede do
Centro Cultural David Ribeiro,
onde há feiras de artesanato aos
sábados (pça. Barão de Guaicui,
170). No museu do Diamante (r.
Direita, 14, de ter. a sáb., das 12h às
17h30; dom., das 9h às 12h; preço:
R$ 1), é possível encontrar objetos
usados na extração de diamantes
e mobiliário da época.
O Caminho dos Escravos, trecho da antiga Estrada Real, liga
Diamantina ao distrito de Mendanha. São 25 km em pedra, construídos por escravos.
Diamantina tem 14 igrejas, que
cobram cada uma R$ 1, para conservação. A mais antiga é a de
Nossa Senhora do Rosário (pça.
Dom Joaquim, s/nš), construída
por escravos na primeira metade
do século 18.
Um dos amigos de JK, o empresário Leandro Costa, 71, conta que
o presidente sempre que podia ia
à missa. "Ele apreciava os sermões." JK entrou no seminário
aos 12 anos e saiu três anos depois.
Sua intenção era estudar e não se
tornar padre.
Em 1954, ele doou dois santos à
capela Nosso Senhor do Bonfim
dos Militares (r. do Bonfim, s/nš),
de 1771. JK foi também capitão-médico da Polícia Militar de Minas Gerais.
(MIRELLA DOMENICH)
Texto Anterior: Ideário do presidente foi forjado na juventude Próximo Texto: Prainhas são brinde de cascatas Índice
|