São Paulo, segunda-feira, 22 de julho de 2002

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MENTES DE MINAS

Casa onde a ex-escrava morou é uma das edificações da época do garimpo do ouro que o local mantém

Xica da Silva também é lembrada na cidade

FREE-LANCE PARA A FOLHA

O centro histórico de Diamantina conserva o calçamento de pedras largas de 1940, substituto do estilo pé-de-moleque (de pedras redondas), e casarios coloniais.
Diamantina, antigo Arraial do Tijuco, tem sua história ligada ao garimpo do ouro e do diamante no início do século 18. Com seus atuais 43 mil habitantes, ganhou status de cidade apenas em 1838.
Diamantina ainda preserva as construções históricas daquela época. A Casa da Glória (r. da Glória, 298, aberta de ter. a dom., das 13h às 18h; ingresso: R$ 1), composta por duas edificações dos séculos 18 e 19, tem um passadiço (espécie de ponte) fechado com treliças, para esconder dos homens que estavam nas ruas as internas que estudavam no local, onde funcionava o Instituto de Geologia Eschwege.
Diamantina também foi berço da escrava Xica da Silva, que teve uma grande fortuna e foi amante do contratador de diamantes João Fernandes de Oliveira Filho, com quem teve 13 filhos. Na casa onde moraram funciona o museu Casa da Xica da Silva (pça. Lobo de Mesquita, 266, aberto de ter. a sáb., das 12h às 17h30; dom., das 8h às 12h; ingresso: R$ 1).
Outro ponto histórico é o Mercado Municipal, de 1835, ex-abrigo de tropeiros, atual sede do Centro Cultural David Ribeiro, onde há feiras de artesanato aos sábados (pça. Barão de Guaicui, 170). No museu do Diamante (r. Direita, 14, de ter. a sáb., das 12h às 17h30; dom., das 9h às 12h; preço: R$ 1), é possível encontrar objetos usados na extração de diamantes e mobiliário da época.
O Caminho dos Escravos, trecho da antiga Estrada Real, liga Diamantina ao distrito de Mendanha. São 25 km em pedra, construídos por escravos.
Diamantina tem 14 igrejas, que cobram cada uma R$ 1, para conservação. A mais antiga é a de Nossa Senhora do Rosário (pça. Dom Joaquim, s/nš), construída por escravos na primeira metade do século 18.
Um dos amigos de JK, o empresário Leandro Costa, 71, conta que o presidente sempre que podia ia à missa. "Ele apreciava os sermões." JK entrou no seminário aos 12 anos e saiu três anos depois. Sua intenção era estudar e não se tornar padre.
Em 1954, ele doou dois santos à capela Nosso Senhor do Bonfim dos Militares (r. do Bonfim, s/nš), de 1771. JK foi também capitão-médico da Polícia Militar de Minas Gerais.
(MIRELLA DOMENICH)


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