São Paulo, segunda-feira, 23 de agosto de 2004

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Morte de animais ameaça corrida na cidade

DA REUTERS

A visão de um cavalo morrendo ao ser pisoteado na Festa do Palio na semana passada deu o pontapé para novas discussões sobre o banimento das corridas de cavalo em Siena. O prefeito da cidade, porém, disse que o espetáculo está fora da nova lei contra a crueldade a animais, pois o evento é uma celebração tradicional.
"Siena não está violando nenhuma lei no que diz respeito a maus-tratos de animais", disse o prefeito de Siena, Mauricio Cenni.
Referindo-se à morte de um cavalo belga na última quarta-feira após um evento nos Jogos Olímpicos de Atenas, disse: "Deveríamos pedir a suspensão da Olimpíada? Foi um acidente. Não houve crueldade".
Segundo grupos de defesa dos animais, que fazem campanha para pôr fim à corrida, cerca de 50 cavalos morreram na Festa do Palio desde 1970.
"Chegou a hora de banir esse tipo de evento cruel que causa sofrimento aos animais", disse Ebe Dalle Fabbriche, presidente do grupo de defesa dos animais UNA, que faz lobby para que a nova lei passe a vigorar também para a festa em Siena.
Na corrida do último dia 16, um cavalo de oito anos chamado Amoroso escorregou num arreio na praça principal e não teve chance de sobreviver, pois foi pisoteado por outros cavalos durante a prova, transmitida no principal canal de TV italiano.
Cenni disse que várias medidas são tomadas para prevenir acidentes "inevitáveis" durante os eventos eqüestres, como a colocação de colchões protetores ao longo do circuito. Em 1996, um cavalo morreu após ser atingido pela haste de uma bandeira, segundo a agência de notícias italiana Ansa. No ano passado, dois cavalos morreram no Palio.


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