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Morte de animais ameaça corrida na cidade
DA REUTERS
A visão de um cavalo morrendo
ao ser pisoteado na Festa do Palio
na semana passada deu o pontapé
para novas discussões sobre o banimento das corridas de cavalo
em Siena. O prefeito da cidade,
porém, disse que o espetáculo está fora da nova lei contra a crueldade a animais, pois o evento é
uma celebração tradicional.
"Siena não está violando nenhuma lei no que diz respeito a
maus-tratos de animais", disse o
prefeito de Siena, Mauricio Cenni.
Referindo-se à morte de um cavalo belga na última quarta-feira
após um evento nos Jogos Olímpicos de Atenas, disse: "Deveríamos pedir a suspensão da Olimpíada? Foi um acidente. Não houve crueldade".
Segundo grupos de defesa dos
animais, que fazem campanha
para pôr fim à corrida, cerca de 50
cavalos morreram na Festa do Palio desde 1970.
"Chegou a hora de banir esse tipo de evento cruel que causa sofrimento aos animais", disse Ebe
Dalle Fabbriche, presidente do
grupo de defesa dos animais
UNA, que faz lobby para que a
nova lei passe a vigorar também
para a festa em Siena.
Na corrida do último dia 16, um
cavalo de oito anos chamado
Amoroso escorregou num arreio
na praça principal e não teve
chance de sobreviver, pois foi pisoteado por outros cavalos durante a prova, transmitida no
principal canal de TV italiano.
Cenni disse que várias medidas
são tomadas para prevenir acidentes "inevitáveis" durante os
eventos eqüestres, como a colocação de colchões protetores ao longo do circuito. Em 1996, um cavalo morreu após ser atingido pela
haste de uma bandeira, segundo a
agência de notícias italiana Ansa.
No ano passado, dois cavalos
morreram no Palio.
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