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São Paulo, segunda-feira, 24 de fevereiro de 2003

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ECOTURISMO COLONIAL

Trilha do Ouro é a melhor forma de visitar parque repleto de cascatas, praias, animais e árvores

Caminhada de três dias explora Bocaina

DO ENVIADO ESPECIAL A PARATI (RJ)

Praias arenosas de águas esverdeadas, campos de altitude com picos onde chega até a nevar, rios cristalinos, belíssimas cachoeiras, cenários bucólicos e uma rica prova da história colonial brasileira. Esses são os elementos da serra da Bocaina, cujo nome significa "os caminhos para o alto" ou "entre serras", em tupi.
Criado em 1972 do prenúncio de um desastre nuclear nas usinas de Angra dos Reis, o Parque Nacional da Serra da Bocaina felizmente não testemunhou o destino para o qual foi criado: formar um escudo protetor natural das principais cidades brasileiras.
Nos limites do parque, é possível avistar macacos-pregos, bugios, antas e ouriços-cacheiros, além de espécies ameaçadas de extinção, caso do monocarvoeiro e do tucano-de-bico-preto.
Tão rica como a fauna, a flora da região inclui desde campos nativos de altitude, recortados por pinheiros-do-paraná, à rica biodiversidade da floresta tropical, com árvores de até 30 metros de altura. Orquídeas, lírios, palmitos e madeiras de lei (como canela, imbuia, cerdo e jequitibá) ainda são comuns na região, apesar de estarem próximas a grandes concentrações populacionais.
Para conhecer a serra da Bocaina, não é preciso muito mais do que disposição. Diversas trilhas cortam o parque nacional, levando a cachoeiras e morros, como o pico do Tira o Chapéu, a 2.200 metros de altitude, um dos pontos culminantes do Estado de São Paulo, do qual se vê a baía de Ilha Grande, já no litoral do Rio.
Mas a melhor forma de explorar a fundo a região é percorrer os 30 quilômetros entre o município de São José do Barreiro (SP) e a vila de Mambucaba, entre Parati e Angra dos Reis (RJ). O caminho, conhecido como Trilha do Ouro, corta todo o parque nacional e é fonte de interessantes vestígios da época colonial brasileira (leia texto nesta pág.). A forma mais tradicional de fazer a travessia é a pé, numa viagem que dura três dias, com pernoites em campings selvagens. Mas os menos dispostos podem percorrê-la em mulas ou fazer parte do trajeto em veículos 4x4, hospedando-se em fazendas da região. (CÁSSIO AOQUI)

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