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ECOTURISMO COLONIAL
Trilha do Ouro é a melhor forma de visitar parque repleto de cascatas, praias, animais e árvores
Caminhada de três dias explora Bocaina
DO ENVIADO ESPECIAL A PARATI (RJ)
Praias arenosas de águas esverdeadas, campos de altitude com
picos onde chega até a nevar, rios
cristalinos, belíssimas cachoeiras,
cenários bucólicos e uma rica
prova da história colonial brasileira. Esses são os elementos da serra
da Bocaina, cujo nome significa
"os caminhos para o alto" ou "entre serras", em tupi.
Criado em 1972 do prenúncio
de um desastre nuclear nas usinas
de Angra dos Reis, o Parque Nacional da Serra da Bocaina felizmente não testemunhou o destino para o qual foi criado: formar
um escudo protetor natural das
principais cidades brasileiras.
Nos limites do parque, é possível avistar macacos-pregos, bugios, antas e ouriços-cacheiros,
além de espécies ameaçadas de
extinção, caso do monocarvoeiro
e do tucano-de-bico-preto.
Tão rica como a fauna, a flora da
região inclui desde campos nativos de altitude, recortados por pinheiros-do-paraná, à rica biodiversidade da floresta tropical,
com árvores de até 30 metros de
altura. Orquídeas, lírios, palmitos
e madeiras de lei (como canela,
imbuia, cerdo e jequitibá) ainda
são comuns na região, apesar de
estarem próximas a grandes concentrações populacionais.
Para conhecer a serra da Bocaina, não é preciso muito mais do
que disposição. Diversas trilhas
cortam o parque nacional, levando a cachoeiras e morros, como o
pico do Tira o Chapéu, a 2.200
metros de altitude, um dos pontos
culminantes do Estado de São
Paulo, do qual se vê a baía de Ilha
Grande, já no litoral do Rio.
Mas a melhor forma de explorar
a fundo a região é percorrer os 30
quilômetros entre o município de
São José do Barreiro (SP) e a vila
de Mambucaba, entre Parati e
Angra dos Reis (RJ). O caminho,
conhecido como Trilha do Ouro,
corta todo o parque nacional e é
fonte de interessantes vestígios da
época colonial brasileira (leia texto nesta pág.). A forma mais tradicional de fazer a travessia é a pé,
numa viagem que dura três dias,
com pernoites em campings selvagens. Mas os menos dispostos
podem percorrê-la em mulas ou
fazer parte do trajeto em veículos
4x4, hospedando-se em fazendas
da região. (CÁSSIO AOQUI)
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