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POR DENTRO DO WIND SONG
Americanos são maioria em cruzeiro
Panamá e à Costa Rica
Há alguns casais de 80 anos, alguns outros (cinco) de 30 anos.
Mas a idade média no Wind Song
está por volta de 50 anos. Na maioria são casais de classe média, advogados, executivos, pilotos de
avião, médicos, quase todos norte-americanos, de uma infinidade de
lugares diferentes dos EUA.
O navio, aliás, é de uma companhia norte-americana -recebe os
passageiros com coquetéis decorados com bandeirinhas norte-americanas. Não se fala outra língua
que não o inglês -briefings da
hostess, comunicados da tripulação, treinamento de segurança,
check in, textos, tudo é em inglês.
Como os comissários de bordo e
atendentes são filipinos e indonésios de Bali, pode-se arriscar algum
espanhol (com os filipinos) ou,
mais improvável, balinês. Um guia
do navio é costarriquenho.
O comando da tripulação é norte-americano e britânico, assim
como a médica de bordo. Logo, algum inglês é essencial para não ficar às cegas no cruzeiro.
Com clientela majoritariamente
norte-americana, o cruzeiro é projetado para que os passageiros sintam pouquíssimo que saíram de
casa.
Aliás, num cruzeiro por praias
desertas isso é um pouco inevitável, pois quase nada se vê de costarriquenhos ou da Costa Rica, um
país mais pobre do que o Brasil
mas com uma das melhores taxas
de igualdade social e de qualidade
de vida do continente -no ano
passado comemoraram 50 anos da
extinção de sua forças armadas.
O cruzeiro é americaníssimo. Do
serviço no restaurante (ordem de
pratos, pratos e maneiras) às brincadeiras da tripulação, dos textos
explicativos aos programas ("barbecue na praia") tudo tem gosto
norte-americano.
(VTF)
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