São Paulo, segunda, 25 de janeiro de 1999

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POR DENTRO DO WIND SONG
Americanos são maioria em cruzeiro

Panamá e à Costa Rica

Há alguns casais de 80 anos, alguns outros (cinco) de 30 anos. Mas a idade média no Wind Song está por volta de 50 anos. Na maioria são casais de classe média, advogados, executivos, pilotos de avião, médicos, quase todos norte-americanos, de uma infinidade de lugares diferentes dos EUA.
O navio, aliás, é de uma companhia norte-americana -recebe os passageiros com coquetéis decorados com bandeirinhas norte-americanas. Não se fala outra língua que não o inglês -briefings da hostess, comunicados da tripulação, treinamento de segurança, check in, textos, tudo é em inglês.
Como os comissários de bordo e atendentes são filipinos e indonésios de Bali, pode-se arriscar algum espanhol (com os filipinos) ou, mais improvável, balinês. Um guia do navio é costarriquenho.
O comando da tripulação é norte-americano e britânico, assim como a médica de bordo. Logo, algum inglês é essencial para não ficar às cegas no cruzeiro.
Com clientela majoritariamente norte-americana, o cruzeiro é projetado para que os passageiros sintam pouquíssimo que saíram de casa.
Aliás, num cruzeiro por praias desertas isso é um pouco inevitável, pois quase nada se vê de costarriquenhos ou da Costa Rica, um país mais pobre do que o Brasil mas com uma das melhores taxas de igualdade social e de qualidade de vida do continente -no ano passado comemoraram 50 anos da extinção de sua forças armadas.
O cruzeiro é americaníssimo. Do serviço no restaurante (ordem de pratos, pratos e maneiras) às brincadeiras da tripulação, dos textos explicativos aos programas ("barbecue na praia") tudo tem gosto norte-americano. (VTF)



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