São Paulo, quinta-feira, 25 de agosto de 2011

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No lado paraguaio, visita ao complexo de Itaipu é de graça

Às sextas-feiras e aos sábados, há espetáculo de luz na hidrelétrica; trilha épica segue a 'dança iluminada'

Usina, que produz 20% da energia consumida no Brasil, está a 14 km da ponte que marca a fronteira entre países

DA ENVIADA AO PARAGUAI

Itaipu é show. Localizada no rio Paraná, a apenas 14 km da ponte internacional que une Ciudad del Este, no Paraguai, a Foz do Iguaçu, a usina hoje, além de produzir 20% de toda a energia consumida no Brasil, transformou-se em destino de passeio. O mais legal é que, do lado paraguaio, tudo é de graça.
Nas noites de sexta-feira e de sábado, há o espetáculo de luz e som na hidrelétrica. Três quilômetros de barragem são iluminados por 600 refletores ativados de forma sincronizada. Uma trilha sonora de filme épico acompanha a dança das luzes.
Em noites de lua cheia, realizam-se shows e concertos abertos ao público.
De dia, o visitante não pode deixar de fazer o passeio guiado pelo interior da própria usina. É sensacional. Na recepção do complexo turístico de Itaipu, o grupo de visitantes recebe capacetes e entra em ônibus modernos.
A visita começa pela sala de comando, onde engenheiros controlam toda a operação em gigantescos painéis luminosos -parece a Nasa.
Depois, o grupo parte rumo à casa das máquinas, onde estão instaladas as 20 turbinas geradoras (cada uma delas recebe a força da água passando à vazão de 700 mil litros por segundo). Vruuum. Sente-se a vibração da energia sendo gerada.
Por fim, e mais impactante, tem a obra de engenharia colossal. Entra-se no interior da barragem, que é oca por dentro. De um lado, fica o lago de Itaipu, onde podem ser armazenados 29 bilhões de litros de água, o equivalente a 15 milhões de piscinas olímpicas. De outro, ficam as turbinas. A estrutura, com mais de 200 metros de altura, é larga na base e estreita no alto, que tem aberturas para a luz natural entrar. Impressionante catedral futurista.
A construção exigiu o desvio do rio Paraná, a inundação de uma área imensa -o lago cobre 1.350 km². Mobilizou 40 mil operários, mexeu com o ecossistema da região.
Como compensação, criaram-se as unidades de conservação ambiental, entre as quais o refúgio biológico Tatí Yupi, forrado de mata atlântica, com delicadas quedas-d'água e lar de 307 espécies de mamíferos, aves e répteis.
O lugar tem trilhas para bicicletas (emprestadas pela organização), passeios guiados de charrete, camping e até hotel de passagem. Tudo de graça, mas agendado previamente na recepção.
Ah, não deixe de passar também pelo museu da Terra Guarani, um passeio interativo pelas tribos e pela história dos povos que primeiro ocuparam essa região subtropical da América do Sul.
(LAURA CAPRIGLIONE)


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