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LUZES DA CIDADE
Com mais de cem centros de exposições, Paris exige planejamento do turista que está em busca de cultura
Capital tem museus de fechar o comércio
DO ENVIADO ESPECIAL A PARIS
Hoje a França recebe cerca de
75 milhões de visitantes estrangeiros/ano e, sem exagero, dá para dizer que o Louvre (www.louvre.fr) é o destino dos sonhos
de muitos dos que visitam Paris.
A tendência não é nova: foi sob
a égide de Luís 14 (1643-1715), o
Rei Sol, que Paris se tornou o
grande centro da arte mundial. E
o museu do Louvre -que tem
raízes na Idade Média, pois começou a ser edificado em 1190- foi a
base dessa transformação, tendo
se tornado a primeira galeria pública de um país já em 1793.
O complexo, que nunca deixou
de ser ampliado, ganhou pirâmides desenhadas por Ieoh Ming
Pei, arquiteto norte-americano de
origem chinesa, em 1989, quando
François Mitterrand presidia a
França.
O Louvre foi edificado ao longo
de séculos e seu acervo tem obras
emblemáticas, como "Monalisa",
de Leonardo da Vinci, cujo sorriso enigmático deve ter sido pintado em 1504, e "Vênus de Milo",
estátua helenística do século 2º
a.C. encontrada por volta de 1820.
A coleção, localizada em sete setores (antigüidades orientais e arte islâmica; antigüidades egípcias;
antigüidades gregas, etruscas e
romanas; objetos de arte; esculturas; pinturas; e artes gráficas) é tão
vasta que não pode ser examinada num par de dias.
Museu-palácio
Há no acervo pinturas de Caravaggio, Vermeer, Holbein e Watteau. Mas, muito além de expor a
pintura européia, o Louvre, um
museu-palácio à antiga, se notabiliza por guardar antigüidades emblemáticas das grandes civilizações. "Vitória Alada da Samotrácia", do século 3º a.C., é uma das
obras que, ao lado do bloco negro
de rocha com as inscrições do Código de Hamurabi, de 1700 a.C.,
disputam a atenção dos visitantes.
Na parte externa, o pequeno Arco do Triunfo do Carousel, erguido para celebrar as vitórias de Napoleão em 1805, é um ponto de
encontro. No alto desse marco rosado já estiveram instalados os cavalos de bronze que o imperador
mandou trazer da basílica de San
Marco, em Veneza -que foram
levados para lá depois de terem sido tirados do hipódromo de
Constantinopla (atual Istambul).
O museu do Louvre é servido
pela linha um de metrô (estação
Palais Royal/Musée du Louvre).
(SILVIO CIOFFI)
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