São Paulo, segunda-feira, 27 de março de 2000


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DE PATO A CISNE
Proximidade do mar deixa clima úmido em Joinville, onde o estilo germânico pontua a paisagem
O ar é praiano, mas o sotaque é alemão

da enviada especial a Joinville

A 184 km da capital, Florianópolis, e a 135 km de Curitiba (PR), Joinville é uma planície localizada entre a serra e o mar. Situada a 4,5 m acima do nível do mar, a cidade tem ares praianos.
Em menos de uma hora de carro, chega-se ao litoral -Balneário Camboriú, a cidade mais famosa, dista 92 km. As praias preferidas dos veranistas são Barra do Sul, Enseada, Ubatuba, Itajuba, Piçarras e Barra Velha.
A principal influência da cidade é a germânica, que fica evidente nos detalhes da arquitetura. Casas no estilo enxaimel, com estrutura de madeira recheada por tijolos à vista, pontuam a paisagem em todos os bairros.
Apesar de ser a maior cidade catarinense -tem 400 mil habitantes, contra 300 mil na capital-, Joinville mantém características bem interioranas. É possível cruzar com vendedores de jornal nas esquinas, e encontrar moradores indo ao trabalho de bicicleta também não é incomum.

Imigração
A principal movimentação migratória aconteceu nos idos de 1851, quando chegaram à região representantes da Alemanha, da Suíça e da Noruega.
Mais tarde, foram incorporados à população descendentes de italianos, franceses e brasileiros de todos os Estados.
O nome francês dessa cidade com sotaque alemão foi resultado de um casamento entre integrantes da família imperial brasileira e da realeza francesa. O príncipe de Joinville, François Ferdinand Philipe, filho do rei da França, recebeu as terras onde hoje está a cidade como dote por sua união com a princesa Francisca Carolina, irmã do imperador Pedro 2º.

Porto
A proximidade do porto de São Francisco do Sul (45 km), um dos maiores do país, também garante o lugar de Joinville no mapa nacional como pólo industrial.
A cidade é matriz de gigantes como a fabricante de tubos Tigre e várias das principais indústrias têxteis do país. Também é forte na siderurgia.
São Francisco do Sul, aliás, é a terceira cidade mais velha do país -foi descoberta em 1504.
Vale a pena dar uma passada na pequena comunidade de 40 mil habitantes e visitar a igreja de Nossa Senhora da Graça, de 1699, que oferece, além de afrescos antigos nas paredes, uma história engraçada. Sua construção precisou ficar paralisada por um período de 18 anos, por causa de superfaturamento na obra.
Além disso, foi construída com apenas uma torre -a da esquerda, que tem um relógio, foi agregada ao prédio em uma reforma em 1926.
(RENATA DE GÁSPARI VALDEJÃO)



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