UOL


São Paulo, segunda-feira, 27 de outubro de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Animais, que não hesitam em se aproximar dos turistas, também podem ser vistos por quem está em terra firme

Cetáceos dão boas-vindas junto ao barco

DA ENVIADA ESPECIAL A IMBITUBA (SC)

Não há dúvida de que a maior atração da Área de Preservação da Baleia Franca nesta época do ano são as enormes visitantes que vêm da Antártida para amamentar seus filhotes em águas mais quentes. Nem todo mundo sabe, no entanto, que é possível chegar perto, muito perto, das baleias.
As operadoras locais oferecem passeios de barco para quem quer contato maior com esses cetáceos, que podem atingir até 18 metros de comprimento e 60 toneladas (veja preços e tels. nesta pág.).
É recomendável reservar o passeio com pelo menos um dia de antecedência e, antes de embarcar, pedir orientações para evitar desconfortos durante a viagem.
Antes de sair para o passeio, é bom confirmar a previsão do tempo para não se frustrar, pois eles podem ser cancelados dependendo das condições do mar.
Como são especiais para esse tipo de passeio, as embarcações, com capacidade para até 20 passageiros e dois tripulantes, suportam o peso de todos os seus ocupantes do mesmo lado.
Quando os barcos estão a cem metros dos cetáceos, seus motores são desligados, e as gigantes se aproximam com seus filhotes. Dóceis, as baleias chegam a encostar no barco, como se quisessem dar as boas-vindas.

Francas
As baleias francas têm o corpo negro e arredondado, sem nadadeira dorsal, e sua cabeça ocupa quase um terço do comprimento. Outra característica marcante são as espécies de verrugas existentes no alto e nas laterais da cabeça.
Depois de cerca de 12 meses de gestação, os filhotes -nascidos com cinco ou seis metros de comprimento e pesando de quatro a cinco toneladas- ingerem cerca de 200 litros de leite por dia.
O borrifo das baleias francas também é bem característico. Além de poder atingir de seis a oito metros de distância, é o único em forma de "v".
Os passeios de barco não têm lugar nem hora exata para começar, pois dependem das condições do mar e da localização das baleias. Para saber onde elas estão, os marinheiros ficam em contato com observadores em terra.
Quem está sem dinheiro, passa mal no mar, tem medo de água ou apenas não está disposto a passar algumas horas chacoalhando também não passa vontade.
Como as baleias francas são as espécies que mais se aproximam da costa, não é necessário deixar a terra firme para vê-las.
Os locais mais altos, nas encostas, são os melhores para a observação, que fica ainda mais fácil quando o curioso tem um binóculo. Às vezes, porém, é preciso paciência para esperar os animais voltarem à tona, pois seu mergulho dura até 20 minutos.
Um esforço que, claro, vale a pena. Além de dar saltos em que podem ficar com quase metade do corpo fora da água, as baleias adoram exibir a cauda. E, quando estão amamentando seus filhotes, fazem uma espécie de balé aquático muito bonito.
Dentro ou fora da água, mas sempre contando com uma dose de sorte, quem vai à praia do Rosa até novembro provavelmente se depara com as baleias. No mês passado, durante um sobrevôo de helicóptero, foram avistadas mais de cem nadando no litoral catarinense. (TATIANA CUNHA)

Texto Anterior: Museus dissecam baleias vivas ou mortas
Próximo Texto: Praia do Rosa dorme e come com charme
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.