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Animais, que não hesitam em se aproximar dos turistas, também podem ser vistos por quem está em terra firme
Cetáceos dão boas-vindas junto ao barco
DA ENVIADA ESPECIAL A IMBITUBA (SC)
Não há dúvida de que a maior
atração da Área de Preservação da
Baleia Franca nesta época do ano
são as enormes visitantes que vêm
da Antártida para amamentar
seus filhotes em águas mais quentes. Nem todo mundo sabe, no
entanto, que é possível chegar
perto, muito perto, das baleias.
As operadoras locais oferecem
passeios de barco para quem quer
contato maior com esses cetáceos,
que podem atingir até 18 metros
de comprimento e 60 toneladas
(veja preços e tels. nesta pág.).
É recomendável reservar o passeio com pelo menos um dia de
antecedência e, antes de embarcar, pedir orientações para evitar
desconfortos durante a viagem.
Antes de sair para o passeio, é
bom confirmar a previsão do
tempo para não se frustrar, pois
eles podem ser cancelados dependendo das condições do mar.
Como são especiais para esse tipo de passeio, as embarcações,
com capacidade para até 20 passageiros e dois tripulantes, suportam o peso de todos os seus ocupantes do mesmo lado.
Quando os barcos estão a cem
metros dos cetáceos, seus motores são desligados, e as gigantes se
aproximam com seus filhotes.
Dóceis, as baleias chegam a encostar no barco, como se quisessem dar as boas-vindas.
Francas
As baleias francas têm o corpo
negro e arredondado, sem nadadeira dorsal, e sua cabeça ocupa
quase um terço do comprimento.
Outra característica marcante são
as espécies de verrugas existentes
no alto e nas laterais da cabeça.
Depois de cerca de 12 meses de
gestação, os filhotes -nascidos
com cinco ou seis metros de comprimento e pesando de quatro a
cinco toneladas- ingerem cerca
de 200 litros de leite por dia.
O borrifo das baleias francas
também é bem característico.
Além de poder atingir de seis a oito metros de distância, é o único
em forma de "v".
Os passeios de barco não têm
lugar nem hora exata para começar, pois dependem das condições
do mar e da localização das baleias. Para saber onde elas estão,
os marinheiros ficam em contato
com observadores em terra.
Quem está sem dinheiro, passa
mal no mar, tem medo de água ou
apenas não está disposto a passar
algumas horas chacoalhando
também não passa vontade.
Como as baleias francas são as
espécies que mais se aproximam
da costa, não é necessário deixar a
terra firme para vê-las.
Os locais mais altos, nas encostas, são os melhores para a observação, que fica ainda mais fácil
quando o curioso tem um binóculo. Às vezes, porém, é preciso
paciência para esperar os animais
voltarem à tona, pois seu mergulho dura até 20 minutos.
Um esforço que, claro, vale a pena. Além de dar saltos em que podem ficar com quase metade do
corpo fora da água, as baleias adoram exibir a cauda. E, quando estão amamentando seus filhotes,
fazem uma espécie de balé aquático muito bonito.
Dentro ou fora da água, mas
sempre contando com uma dose
de sorte, quem vai à praia do Rosa
até novembro provavelmente se
depara com as baleias. No mês
passado, durante um sobrevôo de
helicóptero, foram avistadas mais
de cem nadando no litoral catarinense.
(TATIANA CUNHA)
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