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Prejuízo na primeira edição chegou a US$ 600 mil
do enviado especial
O que leva um grupo de empresários a investir em um projeto,
mesmo sabendo que terão prejuízos? Ronaldo Maiorana, do grupo
Bis, de Belém, um dos organizadores do Carnabeach, diz que é apenas a certeza de que o prejuízo será
recuperado mais adiante.
O Carnabeach gerou um prejuízo de US$ 600 mil aos dois empresários que bancaram a festa -o
outro é Pedro Coelho, do grupo Siriguella, de Fortaleza. Foi mais do
que os US$ 400 mil previstos inicialmente pelos dois.
"Já prevíamos isso. No primeiro
ano, os patrocínios eram muito
pequenos. Empresários americanos não acreditavam no evento."
A micareta em Miami teve enormes despesas. As carrocerias dos
trios elétricos, por exemplo, foram
transportadas de navio entre Vitória e Nova Orleans -depois foram
levadas de trem até Miami.
A pouca venda de ingressos e de
abadás -o kit para as pessoas participarem dos blocos- também
contribuiu para o prejuízo. Os organizadores esperavam contar
com 60 mil pessoas nas arquibancadas nos dois dias de Carnaval.
Menos de 10 mil pessoas passaram pelas catracas das arquibancadas e camarotes. Esperava-se a
venda de 6.000 abadás -foram
vendidos 2.100. Os americanos
não quiseram pagar US$ 110 para
pular atrás dos trios elétricos.
Os americanos que foram ao
Carnabeach preferiram pular atrás
das cordas do esquema de segurança que cerca os blocos. A venda
de bebida e comida também ficou
abaixo do previsto.
"Mas, mesmo assim, valeu a pena", diz Maiorana. "Sabíamos do
risco e trabalhamos muito para
amenizá-lo." Para 98, ele já prevê
lucro -ainda que pequeno.
(EN)
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