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Esculturas satirizam religiosos em Plasencia
DO ENVIADO ESPECIAL
A catedral de Plasencia dá uma
aula de arquitetura. A parte mais
antiga foi erguida nos séculos 13 e
14 -grandes obras demoravam
para ser terminadas na Idade Média. Depois, grudada a ela, foi
construída a catedral Nova, já em
estilo renascentista. Mas o mais
curioso nela são as esculturas em
madeira no coro, a "sillería", os
assentos para nobres e religiosos.
As esculturas e os relevos são
obras de Rodrigo Alemán, um artista judeu que aproveitou para
retratar os sacerdotes cristãos de
forma arrasadora.
Supostamente são alegorias,
mas às vezes Alemán pegava pesado, como em um relevo que
mostra um porco reclamando do
cheiro que sai do traseiro de um
religioso.
Como não poderia deixar de ser
nessa região de fronteira, Plasencia também tem um grande conjunto de arquitetura militar, com
muralhas sólidas reforçadas por
torres circulares.
Da arquitetura civil destaca-se o
palácio dos Marqueses de Mirabel, em frente ao qual está uma
simpática fonte com um globo de
pedra, mais exatamente na forma
de uma esfera armilar.
O que não falta na Extremadura
são fontes. A região é rica em
água, e romanos e árabes sempre
prezaram as fontes. É possível encontrar chafarizes de todos os tamanhos, dentro de hotéis, em pátios, em praças públicas, com estátuas ou com meras bicas.
Ao lado do palácio fica o Parador de Plasencia, outro local em
que o turista pode voltar ao passado se hospedando ali. Ele fica no
antigo convento de Santo Domingo, fundado no século 15 e de estilo gótico. Os quartos são apropriadamente chamados de celas.
Pedras e granitos trabalhados
em forma de igrejas, palácios e
castelos podem ser considerados
a grande atração da Extremadura.
Mas a região também tem paisagens naturais atraentes, que podem ser desde cerejeiras carregadas do vale do rio Jerte a parques
naturais como o de Monfragüe.
Sua fauna e flora não são tão
exuberantes para aqueles acostumados com os exageros do mundo tropical, de um Pantanal ou de
uma Amazônia. Mas conhecê-lo
vale justamente para estabelecer o
contraste.
(RBN)
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