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Acervo deve ficar em Antibes para sempre
Museu à beira mar
reúne 26 Picassos
do enviado especial
O nome do gênio catalão Pablo Picasso (1881-1973), o
maior artista plástico deste século e quem sabe de vários outros, está intimamente vinculado à Riviera Francesa, principalmente a Antibes e Mougins.
Na primeira, trabalhou febrilmente e ganhou um museu
em sua homenagem. Na segunda, viveu, numa casa na colina,
seus últimos anos de vida.
O museu Picasso mantido
por Antibes é diferente dos
seus congêneres de Paris ou
Barcelona. Instalado num palácio à beira mar, mantém um
acervo valiosíssimo de obras
que estão terminantemente
proibidas de deixar o local por
determinação do próprio artista. Para conhecê-las pessoalmente, só indo até Antibes.
Os trabalhos realizados por
Picasso no segundo andar do
palácio, durante seis meses de
1946, são inspirados na mitologia greco-romana, mas sobretudo estimulados pelo então
amor do artista, Françoise Gilot, uma jovem de 18 anos.
Sob sua inspiração foram elaboradas as 26 pinturas monumentais ostentadas pelo museu, que de quebra tem uma
vista deslumbrante para o mar.
Já afastada da praia, a caminho das montanhas, fica Mougins, que entre muitos outros
atrativos, mantém até hoje a
casa em que Picasso viveu até
morrer em 73.
A residência de 30 aposentos
está fechada e não se tem notícia de qualquer destinação que
possa ser dada a ela pelos herdeiros do artista. Não é permitida a visitação, mas ela se tornou ponto de atração turística.
Na cerca de madeira que separa a propriedade do terreno
de uma antiga capela, há diversos buracos através dos quais
os curiosos tentam penetrar
um pouco mais no universo picassiano. Ficam na vontade.
No entanto a vida e as relações sociais do pintor na casa e
na aconchegante cidade podem ser conhecidos no simpático museu da fotografia de
Mougins, que reúne um rico
acervo de imagens suas, de seus
amigos e de suas mulheres.
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