|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
"ON THE ROAD"
Crise aérea trouxe clientes, mas não lucro
Empresas de aluguel de carros sofreram prejuízos, porém notaram surgimento de uma nova demanda
MARINA DELLA VALLE
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A crise no setor aéreo levou
clientes de perfil diferente para
as empresas que trabalham
com aluguel de carros no Brasil,
mas não chegou a ampliar os lucros do setor, de acordo com representantes das locadoras que
operam no país.
"Notamos um aumento em
viagens em que é possível ir de
carro em vez de usar o avião,
mas também notamos uma
queda da atividade em algumas
regiões específicas, como o aeroporto de Congonhas", diz
Antônio Lemos, 48, presidente
executivo da Unidas.
"A crise aérea trouxe novos
clientes, pessoas com perfil diferente das que costumavam
alugar carros, mas isso não se
refletiu na receita", afirma Hélio Netto, 42, diretor comercial
da Hertz.
"A crise nos aeroportos prejudicou bastante os aspectos
logísticos, gerando custos extras com atrasos e cancelamento de vôos. Por outro lado, percebemos aumento de demanda
em locais específicos, como os
aeroportos de Cumbica e Viracopos, e em outros locais, em
menor escala", diz Luiz Antonio Cabral, 52, diretor de franquia e marketing da Avis.
"A crise não nos afetou diretamente, mas quem está inseguro acaba optando pelo serviço de aluguel de carros", afirma
Cristina Chaves, gerente nacional de atendimento da Localiza, que também trabalha em
países da América Latina.
O caos aéreo, no entanto, fez
com que a Hertz e a Unidas oferecessem promoções da taxa de
retorno do automóvel devolvido em uma cidade diferente da
qual ele foi alugado.
"A promoção trouxe um incremento grande. Estamos
pensando em torná-la uma opção permanente", diz Lemos,
da Unidas. A oferta é válida até
amanhã. "Foi uma maneira de
contribuir com o bem-estar de
nossos clientes diante dessa situação", esclarece. Também de
acordo com Netto, a crise aérea
foi o ponto de partida para a
promoção. "Foi uma maneira
de ser solidário com os clientes
que estão enfrentando esse
problema", afirma.
Nova rede
Até novembro, o Brasil contará com uma nova rede de locadoras de carros, ligada ao
grupo Colleman, com mais de
200 pontos de atendimento no
Brasil e mais 50 na América do
Sul. Segundo o diretor de expansão da Europcar Brasil,
Mauro Gaibar, a previsão é que
a nova marca comece a operar
em novembro.
"A marca fará da franquia
uma extensão do seu negócio,
não terá interesse apenas em
vender ponto de franquia. Teremos um departamento de fomento de negócios para regiões
menos assistidas e mesmo colocação de carros em praças
mais aquecidas , ou seja criar
mecanismos de ocupação de
frota na sazonalidade de cada
região", diz Gaibar.
Texto Anterior: Há vantagens e desvantagens de alugar carro em SP, BH e Rio Próximo Texto: Preços, falta de costume e estradas ruins afetam o mercado brasileiro Índice
|