São Paulo, quinta-feira, 30 de agosto de 2007

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"ON THE ROAD"

Crise aérea trouxe clientes, mas não lucro

Empresas de aluguel de carros sofreram prejuízos, porém notaram surgimento de uma nova demanda

MARINA DELLA VALLE
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A crise no setor aéreo levou clientes de perfil diferente para as empresas que trabalham com aluguel de carros no Brasil, mas não chegou a ampliar os lucros do setor, de acordo com representantes das locadoras que operam no país.
"Notamos um aumento em viagens em que é possível ir de carro em vez de usar o avião, mas também notamos uma queda da atividade em algumas regiões específicas, como o aeroporto de Congonhas", diz Antônio Lemos, 48, presidente executivo da Unidas.
"A crise aérea trouxe novos clientes, pessoas com perfil diferente das que costumavam alugar carros, mas isso não se refletiu na receita", afirma Hélio Netto, 42, diretor comercial da Hertz.
"A crise nos aeroportos prejudicou bastante os aspectos logísticos, gerando custos extras com atrasos e cancelamento de vôos. Por outro lado, percebemos aumento de demanda em locais específicos, como os aeroportos de Cumbica e Viracopos, e em outros locais, em menor escala", diz Luiz Antonio Cabral, 52, diretor de franquia e marketing da Avis.
"A crise não nos afetou diretamente, mas quem está inseguro acaba optando pelo serviço de aluguel de carros", afirma Cristina Chaves, gerente nacional de atendimento da Localiza, que também trabalha em países da América Latina.
O caos aéreo, no entanto, fez com que a Hertz e a Unidas oferecessem promoções da taxa de retorno do automóvel devolvido em uma cidade diferente da qual ele foi alugado.
"A promoção trouxe um incremento grande. Estamos pensando em torná-la uma opção permanente", diz Lemos, da Unidas. A oferta é válida até amanhã. "Foi uma maneira de contribuir com o bem-estar de nossos clientes diante dessa situação", esclarece. Também de acordo com Netto, a crise aérea foi o ponto de partida para a promoção. "Foi uma maneira de ser solidário com os clientes que estão enfrentando esse problema", afirma.

Nova rede
Até novembro, o Brasil contará com uma nova rede de locadoras de carros, ligada ao grupo Colleman, com mais de 200 pontos de atendimento no Brasil e mais 50 na América do Sul. Segundo o diretor de expansão da Europcar Brasil, Mauro Gaibar, a previsão é que a nova marca comece a operar em novembro.
"A marca fará da franquia uma extensão do seu negócio, não terá interesse apenas em vender ponto de franquia. Teremos um departamento de fomento de negócios para regiões menos assistidas e mesmo colocação de carros em praças mais aquecidas , ou seja criar mecanismos de ocupação de frota na sazonalidade de cada região", diz Gaibar.

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