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OUTRO MÉXICO
Pimenta dá sabor à comida e à decoração
NO NOVO MÉXICO
Nenhum condimento ou molho é páreo, no Novo México, para
a popularidade da pimenta chile,
que dá sabor e colorido especial à
cozinha do Estado.
A pimenta, que cresce em cerca
de 2.000 diferentes variedades, é
consumida de diferentes formas
-assada, cozida, frita ou fresca- e dizem que, quanto mais
quente ("hot"), melhor.
Para não sair por aí fumegando,
especialmente se apreciar sabores
picantes não for o seu forte, é
sempre bom perguntar ao garçom como estão os molhos. Em
geral, o vermelho é menos intenso
que o verde. Para evitar surpresas,
peça para servirem o chile em potinhos separados ("on the side").
Ou opte pelos dois, numa combinação que os locais chamam de
"Christmas" (Natal).
O chile foi introduzido na região
pelos colonizadores espanhóis
em 1598, e o Estado é o maior produtor do condimento nos EUA.
As pimentas, quando colhidas,
são verdes e ficam vermelhas ao
secarem. Cachos da pimenta seca,
chamados de "ristras", são tradicionalmente pendurados dentro e
fora dos prédios e são um item decorativo simbólico da região. Alguns, feitos especificamente para
esse fim, são cobertos com uma
camada de verniz.
Suvenires que fazem alusão à
pimenta são comuns, e é possível
encontrar nas lojas até mesmo luzes de Natal em forma de chile.
Além da pimenta, outros ingredientes, como "tortillas", feijão e
queijo, formam a base para uma
mesa colorida que resulta da
união entre receitas espanholas e
indígenas. E, apesar dos nomes
iguais, os moradores do Estado
alegam que seus pratos típicos
têm sabor diferente dos similares
mexicanos ou "tex-mex" (gerados entre o México e o Texas).
Não será difícil encontrar em
Santa Fé restaurantes que servem
o tradicional burrito, "tortilla"
enrolada e recheada com feijão,
queijo e/ou carne, acompanhada
de alface e tomate picados e, claro,
de molho de chile.
O Burrito Company (111 Washington Ave., tel. local 505/982-4453) é um bom lugar para experimentar esse tipo de comida.
Além da iguaria que lhe dá o nome, serve sanduíches e saladas a
preços razoáveis. Localizado muito perto da Plaza de Santa Fé, é
um endereço popular, que funciona há mais de duas décadas.
Milho azul
Para o café da manhã, a sugestão são as panquecas de "blue
corn" (milho azul). Não há truques: a massa é de um tom que fica entre o cinza e o azul porque o
grão tem mesmo essa cor. Esse
milho é produzido principalmente no sudoeste dos EUA e tem sido
um alimento básico dos índios
pueblos há séculos. Outra opção
de café, porém mais pesada, são
os "huevos rancheros", "tortillas"
cobertas com ovos, queijo e feijão.
Existem ainda iguarias como o
"navajo taco", que leva alface, tomate, chile, feijão, guacamole e
outros ingredientes servidos em
uma "tortilla" ou em um "fry
bread" (pão frito). Não deixe de
experimentar ainda as "fajitas" e a
picante "carne adovada".
Como acompanhamento das
refeições, pode-se pedir as "sopaipillas", um tipo de pastelzinho de
massa leve que é saboreado quente, com manteiga ou mel.
Além da culinária típica do Novo México, Santa Fé também ostenta restaurantes de cozinha internacional, como a italiana, a japonesa, a espanhola ou a indonésia.
(CHIAKI KAREN TADA)
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