São Paulo, Domingo, 06 de Junho de 1999 |
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MAKING OF Suzana Alves volta à TV como uma índia com superpoderes em programa de aventuras da Band Artistas de HQs recriam Tiazinha
ALEXANDRE MARON da Reportagem Local O programa "As Aventuras da Tiazinha", protagonizado por Suzana Alves, está sendo produzido para ter cara de história em quadrinhos. A Bandeirantes diz que a série tem estréia prevista para o dia 14 e irá ao ar de segunda a sexta, antes do "H". Nas noites de sábado, sem horário definido, mostrará um episódio compacto. O diretor do programa, Luiz Paulo Simonetti, contratou desenhistas brasileiros que trabalham para editoras de HQs norte- americanas, como a Marvel Comics e a DC. Eles formam o estúdio Fábrica de Quadrinhos e, além da direção de arte, e dos efeitos de computação gráfica, estão ajudando a criar a linguagem do programa, com onomatopéias e grafismos das HQs. "Teremos ação, cortes rápidos e um colorido diferente. Ao passar pelo programa, a pessoa vai saber que é a série da Tiazinha", diz Rogério Vilella, da Fábrica, diretor de arte do programa. O estúdio foi o responsável pelo desenho de produção e pelos shooting boards, uma espécie de história em quadrinhos que orienta o diretor e a equipe técnica na hora de filmar. Produção cara Os cinco episódios de "As aventuras da Tiazinha" que começaram a ser gravados no dia 29 de maio custam somados R$ 85 mil. Um capítulo de 50 minutos de uma novela da Globo custa R$ 80 mil. Para garantir a qualidade do trabalho, e consciente de que não domina totalmente as técnicas de teledramaturgia, Simonetti escolheu uma diretora para trabalhar a atuação de Suzana Alves, Lu Grimaldi. "Ela surpreendeu. É esforçada e consciente de suas limitações", diz Grimaldi. Empolgada, Suzana viu filmes como "Dick Tracy" e "Batman" para entrar no clima do seriado. Ela chegou a dar sugestões, como a idéia de colocar uma máscara no cachorro que acompanha a heroína. "Estou empolgada, mas sei os riscos. É um programa caro, que envolve efeitos especiais", conta. Tiazinha é Ditiara, uma órfã que foi criada por cães selvagens. Um pajé maldoso decide explorar os poderes mágicos da moça e a adota. Ela foge para a cidade, onde usa seus poderes contra o mal. Na madrugada último domingo, na Vila Madalena (zona sudoeste de SP), o músico André Abujamra, caracterizado como o vilão Klaxtor, se juntou aos motoqueiros do grupo Corvos Moto Clube para rodar cenas de luta. Klaxtor é um programador que vende a várias empresas um programa de computador que anula o bug do milênio. Mas esse programa o torna capaz de controlar todos os computadores do planeta. Tiazinha descobre a trama de Klaxtor e o enfrenta. As lutas da personagem são ferozes. "Eu montei uma coreografia que se ajusta à leveza do corpo dela", explica o treinador de artes-marciais Celso Cavallini. "Estamos misturando vários estilos." Do lado de quem apanha nas cenas do episódio, tudo é diversão. "Nós viemos acabar com a idéia de que os motoqueiros são caras maus. Por isso, fazemos vilões divertidos", diz Kapeta, dos Corvos, que não revela seu nome real. Texto Anterior: Cartas Próximo Texto: Seriados: Canal Fox exibe episódios reveladores de 'Arquivo X' Índice |
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